Flávio Azevedo
Para mostrar a evolução ou involução dos bens dos candidatos a prefeito de Silva Jardim, a nossa reportagem visitou o site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para coletar dados oferecidos pelos próprios candidatos. Os números são interessantes. As informações transmitidas a Justiça Eleitoral já podem ser analisadas como um termômetro dos governos que eles pretendem realizar. Também pesquisamos os candidatos a vereador que estão exercendo o mandato. As declarações são surpreendentes.
Segundo o TRE, três candidatos pretendem administrar o território silvajardinense. Todos com chapas puro sangue (prefeito e vice do mesmo partido). O primeiro a figurar na lista de candidatos é o ex-prefeito Augusto Tinoco (PSB), que avaliou os seus bens em R$ 69,00 e estipulou os seus gastos de campanha em R$ 800 mil. O seu vice é o veterinário Carlos Alberto Picorelli (PSB), que declarou bens da ordem de R$ 821 mil (propriedades, ações, contas em banco, carro) e afirma não ter pretensões de fazer gastos durante a campanha.
Tentando dar continuidade ao mandato que teve início em 2009, o prefeito Marcello Xavier Cabreira, o Marcello Zelão (PT), declarou ter bens da ordem de R$ 250 mil (uma casa e um carro). Em 2008, Zelão avaliou os seus bens em R$ 180 mil (um carro e uma casa). Ele estipulou os seus gastos de campanha em R$ 1 milhão. O chefe do Executivo silvajardinense manteve na sua chapa como vice-prefeito, o professor Fernando Augusto Bastos (PT), que avaliou os seus bens em R$ 20 mil (um carro) e estipulou os seus gastos de campanha em zero.
O principal candidato da oposição é Wanderson Gimenez Alexandre (PRB) que declarou bens da ordem de – R$ 990 mil (empresas, casas, carro, terreno, caminhões), valor superior aos R$ 333 mil declarados em 2008, quando concorreu a prefeitura de Silva Jardim pela primeira vez. Ele estipulou os seus gastos de campanha em R$ 2 milhões. O companheiro de Alexandre é a técnica de enfermagem Ruth Teodoro da Silva, a Ruth da Saúde (PRB), que afirmou não ter bens a declarar e segundo dados do TRE não pretende ter gastos de campanha.
Legislativo
Entre os candidatos a vereador, a nossa reportagem vai informar apenas os candidatos que estão exercendo o mandato. O vereador Anderson Xavier (PP), segundo informações colhidas no TRE teve um crescimento aceitável em seus bens. Em 2012, ele declarou R$ 97 mil, já em 2008 a declaração foi de R$ 65 mil. O vereador Carlos Alberto da Conceição, o Bebeto (PTB), em 2012 manteve a declaração apresentada em 2008: nenhum bem declarado.
O presidente do Legislativo, vereador Flávio Eduardo da Costa Brito, o Flávio de Dezinho (PSC), surpreende ao avaliar os seus bens em 15 mil. Em 2008 ele havia afirmado não ter bens a declarar. Outra declaração interessante é oferecida pelo vereador Hélio Alfradique, o Júnior da Padaria (PSD), que empobreceu. Se em 2008 ele avaliou os seus bens em R$ 290 mil, esse ano, ele não tem bens a declarar.
Outro edil que tem declaração de bens interessante é o vereador Jonas Moraes (PSC). Se em 2008 ele declarou apenas R$ 5 mil, esse ano ele afirma não ter bens a declarar. Mantém a linha o vereador José Américo da Silva (PT), que em 2008 afirmou não ter bens a declarar e em 2012 oferece ao TRE uma declaração da ordem de R$ 40 mil. A vereadora Marcilene Xavier (PP) é a única que apresenta uma declaração condizente para o que se conhece dos parlamentares. Ela calcula os seus bens em R$ 535 mil, valor bem superior aos R$ 256 mil que ela apresentou em 2008.
O último vereador da nossa lista, que também mantém uma declaração de bens curiosa, é o vereador Robson Azeredo (PSC), que avalia os seus bens em R$ 198 mil. Já em 2008, ele ofereceu uma declaração onde ele avaliou os seus bens em R$ 62 mil. O vereador Selmo Correia de Sá, o Selminho (PR), não concorre às eleições desse ano.
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