Flávio Azevedo
Para mostrar a evolução ou involução dos bens dos candidatos a prefeito de Tanguá, a nossa reportagem visitou o site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para coletar dados oferecidos pelos próprios candidatos. Os números são interessantes. As informações transmitidas a Justiça Eleitoral já podem ser analisadas como um termômetro dos governos que eles pretendem realizar. Também pesquisamos os candidatos a vereador que estão exercendo o mandato.
Segundo o TRE, sete candidatos pretendem administrar o território tanguaense. Todos com chapas puro sangue (prefeito e vice do mesmo partido). O primeiro a figurar na lista de candidatos é o vereador Gilson Peixoto (PPS), que informou a Justiça Eleitoral não ter bens a declarar. Em 2008, quando foi eleito vereador, Gilson calculou os seus bens em R$ 70 mil (três terrenos e um carro). O limite de gastos calculados por ele para a campanha é de R$ 500 mil. A vice na chapa de Peixoto é a dona de casa Maricea da Silva (PPS), que declarou não possuir nenhum bem e que terá gasto zero na campanha.
Outro candidato a prefeito de Tanguá é o ex-vereador de Itaboraí Netinho Cardoso (PR). Ele declarou bens da ordem de R$ 3,8 milhões, entre propriedades, carros, gado e terrenos. Em 2008, ele declarou bens de R$ 834 mil (propriedades, carros, etc). Cardoso estabeleceu os gastos da sua campanha em R$ 950 mil. A sua vice, a funcionária pública Gracia Ribeiro, afirmou não ter bens a declarar e não ter pretensão de ter gastos durante a campanha.
Também busca a chefia do Executivo tanguaense o radialista Jonas Santana (PSC), que avaliou os seus bens em R$ 5 mil, mesma declaração que ele ofereceu ao TRE em 2008, quando foi candidato a vereador no Rio de Janeiro. Ele estabeleceu os gastos da sua campanha em R$ 300 mil. O seu vice-prefeito é o motorista Allan França (PSC), que declarou não ter bens e não ter previsão de gastos de campanha.
Outro candidato a prefeito é Nailto do Mutirão (DEM), que afirmou não ter bens a declarar. Ele repetiu a declaração de 2008, quando foi candidato a vereador. Ele fixou os seus gastos de campanha em R$ 1 milhão. O seu vice é o Comandante Gomes (DEM), que declarou bens da ordem de R$ 1,7 milhão (apartamentos, casas, carros e conta no banco) e afirmou não ter pretensões de ter gastos de campanha.
O candidato a prefeito Roberto Assis, o Beto (PRTB), que concorre pela primeira vez, afirmou não ter bens a declarar e estipulou os seus gastos de campanha em R$ 400 mil. A almoxarife Sandra Barbosa (PRTB) é a sua vice-prefeita, que também declarou não ter bens e pretende não ter gastos de campanha.
Tentando suceder o prefeito Carlos Pereira (PP), o candidato Rodrigo Medeiros (PP) declarou ter bens da ordem de R$ 5 mil e estipulou os seus gastos em R$ 600 mil. O seu vice-prefeito é o comerciante Venicius Souza (PP), que afirmou não ter bens a declarar e estipulou os seus gastos de campanha em zero.
O principal candidato da oposição é Válber Carvalho (PTB) que declarou bens da ordem de R$ 384 mil (carros, terreno, aplicações e imóveis), valor bem superior aos R$ 11 mil declarados em 2008, quando concorreu a prefeitura de Tanguá pela primeira vez. Ele estipulou os seus gastos de campanha em R$ 1,5 milhão. O companheiro de Válber é o empresário Nande da Posse (PTB), que declarou R$ 1,6 milhão (terrenos, casas, apartamentos, contas em banco, caminhões, negócios) e afirmou ao TRE não pretender ter gastos de campanha.
No Legislativo
Dos nove parlamentares de mandato, oito tentam a reeleição. O vereador Gilson Peixoto (PPS) disputa a Prefeitura de Tanguá. Na lista do TRE, o primeiro edil de mandato a aparecer é Alair Bandão (PTB), que afirmou não ter bens a declarar. Em 2008 ele declarou ter bens da ordem de R$ 4 mil. O vereador Alfredo Marins, o Alfredo da Clínica (PT), empobreceu. Se em 2008 ele declarou R$ 81 mil, nas eleições desse ano ele não tem bens a declarar.
O vereador Gilmar Cordeiro (PP), o Gilmar da Van, declarou bens da ordem de R$ 147 mil. Em 2008, ele havia declarado R$ 85 mil. A vereadora Hezimara Duarte (PP), como já havia feito em 2008, afirmou ao TRE que não bens a declarar. Outro que empobreceu foi o vereador Jailson Franco, o Gogossa (PMDB), que afirmou não ter bens a declarar. Já em 2008 ele havia declarado ter bens da ordem de R$ 439 mil.
O vereador Josué Lacerda, o Josué da Posse (PSB), manteve a média. Esse ano, ele declarou bens calculados em R$ 3 mil. Em 2008, a declaração foi de R$ 2,5 mil. O edil Luciano Lúcio (PSDB) é outro aumentou o patrimônio, mas dentro da normalidade. Em 2008 ele não teve bens a declarar. Esse ano, porém, ele declarou R$ 50 mil (um carro). O presidente da casa, o vereador Paulo Sérgio dos Santos Leite, o Paulo do Correio (PTB), calculou os seus bens em R$ 10 mil em 2008, mas para as eleições desse ano diz não ter bens a declarar.
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