Flávio Azevedo
Sempre que rola uma blitz, alguém faz o seguinte comentário: “gente, só estão prendendo as motos de quem é trabalhador!”. Mas espera lá... Quem falou que o fato de o sujeito ser trabalhador lhe dá direito a andar sem capacete, com a moto irregular – às vezes BA – e sem a Carteira Nacional de Habilitação? Seja trabalhador ou vagabundo, o sujeito tem que andar legal.
É até uma preocupação pertinente, mas envolver o IPVA e seu preço absurdo - às vezes, beirando ao assalto - nessa história não é muito inteligente. Esse tema sobre IPVA deve estar inserido em outro debate.
Por exemplo, em nossa cidade, mora um deputado estadual – Marcos Abrahão – que recebeu cerca de 15 mil votos – aqui em Rio Bonito – nas últimas eleições (2010). Eu tenho certeza que esses eleitores nunca cobraram dele, uma lei ou um projeto de lei, que diminua a cobrança do IPVA. Mas tenho conhecimento de inúmeras pessoas que se socorrem no deputado para soltar a moto irregular que foi apreendida.
Outro exemplo: em nossa cidade, mora uma deputada federal – Solange Almeida – que recebeu cerca de 19 mil votos – aqui em Rio Bonito – nas últimas eleições (2010). Eu tenho certeza que esses eleitores nunca cobraram dela, uma lei ou um projeto de lei, que flexibilize a aquisição das Carteiras de Motorista, com mecanismos de preço mais acessível para quem é recebe salário mínimo etc. As carteiras são mais caras que as motos. Contudo, eu tenho conhecimento de inúmeras pessoas que procuram a deputada pedindo uma série de favores, entre eles a tal Carteira de Motorista.
Os problemas são sempre de ordem política. Aliás, todos os problemas sociais da nossa cidade e do país, sempre irão desembocar na esfera política e na preguiça que nós cidadãos temos de cobrar os nossos direitos. Também é flagrante a nossa falta de mobilização em busca daquilo que achamos correto.
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