Por Flávio Azevedo
Um projeto que pode revolucionar o acesso a internet em Rio Bonito, e que, certamente, dará agilidade e rapidez aos serviços que dependem dessa ferramenta, é a proposta do Projeto Cidade Digital, que foi apresentado aos vereadores riobonitenses depois da sessão da última terça-feira (26). Acompanhado do secretário municipal de Fazenda, Marcelo Lessa, o Dr. Igor Oliveira, responsável pela implantação da novidade, apresentou o projeto aos edis e pediu a sua aprovação, quando ele for enviado pelo poder Executivo ao parlamento municipal.
Inicialmente, o Projeto Cidade Digital já havia sido apresentado a empresários e gestores municipais de Rio Bonito e Tanguá, no dia 30 de junho de 2010, num evento que aconteceu no Esporte Clube Fluminense. Na ocasião, uma equipe da Escola de Engenharia da Universidade Federal Fluminense (UFF), trouxe esclarecimentos sobre o projeto, que tem como principal proposta, auxiliar a construção de um modelo de gestão digital para a Prefeitura do município.
Professor e coordenador do Núcleo de Engenharia da UFF, o Dr. Igor Oliveira iniciou a palestra destacando que o Projeto Cidade Digital não é apenas levar a internet a casa das pessoas. Segundo ele, a partir da implantação do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, Rio Bonito está dentro de um eixo importante do desenvolvimento do estado.
– Se a nossa região não desenvolver o conhecimento, nós vamos criar bolsões de miséria. Na primeira Revolução Industrial, nós tínhamos a terra, o trabalho e o capital. Agora, com a tecnologia, nós temos, além da terra, do trabalho e do capital, o conhecimento. É importante saber que os investimentos precisam seguir essa direção – alertou o Oliveira.
O professor esclareceu que não é só o poder Legislativo está convidado a analisar, debater, criticar e participar do processo de implantação da “Cidade Digital”. “O munícipe tem que participar. Não adianta modernizar apenas a máquina pública. O cidadão também precisa acompanhar esse processo”, ponderou Oliveira, destacando que esses investimentos estão sendo estimulados por fontes importantes como, por exemplo, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Rio Bonito, segundo o professor, receberá investimentos iniciais, para a implantação do projeto, da ordem de R$ 1,5 milhão que deverão ser empregados na modernização da máquina pública.
– Mas esse recurso adicional está condicionado a uma receita extra-orçamentária de R$ 15 milhões. A Prefeitura tem 24 meses para alcançar essa receita. Mas como isso pode acontecer? Trabalhando desempenho, que pode ser alcançado através de gestão, transparência e democratização; e desenvolvimento, onde se trabalha com planejamento e estratégia – orientou.
Sobre o ganho da UFF no fomento a esse projeto, o professor revelou que o ganho da instituição é o Índice de Desenvolvimento da Gestão Municipal (IDGM), que será criado em 2013, para caminhar junto com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). “Enquanto o IDH observa o desenvolvimento da Saúde Pública, por exemplo, o IDGM vai observar o desempenho da Secretaria de Saúde. Ou seja, esses instrumentos vão analisar os níveis de atividade, efetividade, excelência e execução, que serão percebidos através da utilização da ciência e da tecnologia”, concluiu.
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