Sinceramente... Moto não é bicicleta! Moto não é brinquedo. Moto não é presente de aniversário para aquela menina – ou menino – que completou 15 anos. Estamos falando de adolescentes e jovens filhos de pais permissivos e irresponsáveis. Gente que não saber dizer “NÃO!”. Eles estimulam o consumismo, a amostração e o se achar melhor que os outros.
Outro dia eu assisti uma reportagem no Globo Rural, falando sobre uma cidade em Goiás, onde as pessoas trocaram a montaria (cavalos e carroças) por motos. As autoridades estavam preocupadas porque ninguém tinha documentação, principalmente a carteira. Aliás, vários motociclistas não sabiam ler, mas usavam o veículo para percorrer distâncias que antes eram vencidas através da cavalgadura.
Em Rio Bonito, as bicicletas foram substituídas por motocicletas. O discurso da praticidade das motos – eu concordo que ela é muito mais veloz que a bicicleta – é interessante, mas até muito pouco tempo as grandes distâncias eram vencidas pela boa e velha bicicleta.
Entretanto, insisto na tese – alguns acham uma opinião antipática – de que em Rio Bonito, ter moto é símbolo de “STATUS”. O garoto que tem moto, certamente terá mais chance com as gatinhas. A menina que tem moto é invejada e admirada pelas colegas. Na verdade, virou modinha ter moto, andar de maneira irresponsável e usar o escapamento aberto para produzir um som extremamente desagradável.
Vale também ressaltar, que a desculpa do trabalhador poder andar de forma irregular por ser trabalhador, também é usada em outros casos de infração a lei. Outro dia a polícia prendeu três rapazes do bairro Flor dos Cambucás (Rato Molhado). Na delegacia, um deles me disse: "não bota a minha foto no jornal não moço, eu sou trabalhador!".
Apurei a história e descobri que ele realmente era trabalhador, mas tinha uma vida dupla. De dia ele era servente de pedreiro, mas a noite estava a serviço do tráfico. Eu pergunto: a polícia deveria aliviar esse cidadão, pelo fato dele ser trabalhador?
Também conheço alguns políticos que são famosos pela sua desonestidade, mas nos seus negócios particulares são trabalhadores e bons profissionais. Eu pergunto: a Justiça deveria ser complacente com esse político, pelo simples fato dele ser um profissional correto nos seus negócios particulares?
Não vale pensar nisso?
Quem dá motos ou permite que menores de 18 anos ou maiores sem habilitação conduzam esses veículos,deveriam ser idiciados como crimonosos.Colocam em risco, diariamente as suas vidas e a dos seus semelhantes.
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