Por Flávio Azevedo
Quer saber? Danem-se as regras do jornalismo, que dizem que o jornalista não pode fazer uma matéria opinativa. Pensando assim, formulamos algumas perguntas para a nossa reflexão:
Até quando nós continuaremos expostos a violência em Rio Bonito?
Até quando a nossa cidade, que teria cerca de 55 mil habitantes, continuará contando
com um efetivo de seis policiais militares?
Até quando vamos ficar pensando que a criação do cargo de Agente de Trânsito resolverá os nossos problemas?
Até quando nos conformaremos com a inércia do poder público em todas as suas esferas de poder?
Até quando a prerrogativa do mandato continuará sendo utilizada para “aliviar” a barra de veículos irregulares?
Até quando vamos achar natural, pequenas ilegalidades, só porque nos convém?
Uma rápida retrospectiva no noticiário riobonitense mostra que, além das diárias ‘saidinhas de banco’, crimes importantes não foram esclarecidos nos últimos anos.
Em 2006, por exemplo, no dia 1º de agosto, o prefeito José Luiz Antunes sofreu um atentado enquanto almoçava num restaurante da cidade, e... Nada foi feito! Prenderam uns ladrões de galinha. Mas... E o mandante?
Em 2008, num dia 24 de julho, a empregada doméstica Marivanda Oliveira levou um tiro na cabeça, também por conta de uma “saidinha de banco”. Ela havia acabado de sacar R$ 4,6 mil numa agência bancária, e... Nada foi feito.
Na última segunda-feira (23), o empresário Carlos Américo de Azevedo Branco, de 45 anos, foi assassinado quando saia de uma agência bancária, por volta das 13h. A suspeita é que ele tenha sido vítima do crime da moda: a “saidinha de banco”.
Diante desse quadro, parte da sociedade civil organizada reagiu e organizou uma manifestação que contou com a participação de 400 pessoas. O objetivo do movimento foi cobrar das autoridades mais segurança e aumento do efetivo policial. A passeata partiu do Posto Luanda, às 18h, percorreu as principais ruas da cidade e encerrou em frente a academia do saudoso Américo, que foi aplaudido pelos manifestantes em vários momentos durante a passeata.
Concluída a manifestação, acompanhado do comandante da 3ª CIA da PM, Cap. Odair Vianna, o comandante do 35º BPM, Ten. Cel. César Augusto Tanner de Lima Alves, teve um rápido encontro com os idealizadores da passeata. Em suas explicações, até muito razoáveis, o coronel tentou justificar o injustificável, e trouxe à tona, conceitos e reflexões que já são sabidos, já foram exaustivamente abordados em inúmeras reuniões, mas a alta cúpula da polícia e, sobretudo da Justiça Fluminense, não quer assumir, aceitar e/ou tentar resolver.
Vale ressaltar que a solução desses problemas transcende ao 35º BPM, que atende a população na medida do possível – em alguns momentos são heróis. Entretanto, acreditamos que a falta de vontade política em nossa cidade seja mais grave que a falta de policiais militares.
Sugestão às autoridades: que tal transformar aquele teatro político, apresentado por ocasião da inauguração da Delegacia Legal, em realidade? Rio Bonito agradeceria!
segunda-feira, 23 de maio de 2011
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Desconhecia o seu Blog parabéns muito legal. Mas vamos aos fatos, os bancos são colocados na mesmas rua, exatamente para facilitar o policiamento. Uma cidade com um centro pequeno igual a Rio Bonito, deveria ter no mínimo uma viatura parada no local e polícias fazendo ronda ostensiva na região. Isso por si só, já inibiria atitude de muitos assaltantes. Espero agora que no mínimo a Policia Civil tenha um pouco de competência consiga resolver o caso, para não cair no esquecimento igual aos outros casos citados na reportagem a cima. Grande Abraço Flávio e parabéns pelo trabalho.
ResponderExcluirHoje tem policiamento na rua,mas será que já não se inicia uma pré campanha política, aquela guerra de acusações como vimos em 2008...
ResponderExcluirBom lamento pela familia pois conhecia a vítima e pude presenciar a sua esposa quando fui dar a noticia, e ela me falou assim ¨eu ia ligar pra ele pois esta demorando pra almoçar¨ vejo hoje políticos brigando por cargos de presidente da camara de vereadores enquanto podiam resolver o problema de nossa cidade como a falta de tudo.
Até quando nós vamos tomar porrada?
Diogo Fricks