Outro recado que a vitória do Fluminense diante da Inter de Milão, nessa segunda-feira (30/06), manda ao torcedor, sobretudo para imprensa esportiva, é o goleiro Fábio; alvo constante do que tem sido chamado de “etarismo”, que é o preconceito ou discriminação por conta da idade. Sim, constantemente Fábio é chamado de “velho”, mesmo com suas atuações que demostram que ele está em plena forma.
Nascido em Nobres/MS, no próximo dia 30/09 o goleiro, Fábio Deivson Lopes Maciel; completará 45 anos. O numeral da idade assusta menos que as defesas que fez e faz ao longo da sua extensa carreira. Compactuo com todos aqueles que dizem ser “injustiça” esse ótimo profissional não ter tido uma carreira na Seleção Brasileira. Desculpem os arqueiros que defenderam o Brasil nos últimos 25 anos, mas nenhum foi melhor que o Fábio. No mínimo iguais. Mas o que aconteceu? É que Fabio construiu boa parte da carreira no Cruzeiro, clube que não é europeu nem está no eixo Rio/São Paulo. Sim, não é a primeira vez que um atleta é preterido por conta da Geografia.
Quando eu comecei torcer pelo Fluminense lá nos anos 80, o goleiro era Paulo Victor. Ótimo goleiro! Eu me lembro dele sendo convocado para Seleção Brasileira. Depois do Paulo Victor, o goleiro que mais me impressionou sob as metas tricolores foi Diego Cavalieri. Que arqueiro! Todavia, sem medo de errar eu garanto que Fabio é o melhor goleiro que vi atuando com a armadura tricolor nos meus 50 anos de vida.
Se por um lado eu fico feliz por estar vendo um atleta desse porte defendendo o gol do meu Fluminense, por outro eu fico aflito quando lembro que a carreira dele está perto do fim. Dias atrás a mídia esportiva registrou que Fabio ultrapassou o excelente goleiro italiano, Gianluigi Buffon; com mais partidas sem tomar gol. Todavia, na condição de torcedor eu quero mais. Torço para que Fabio supere o lendário Peter Shilton, goleiro inglês conhecido como o arqueiro mais longevo do futebol. Shilton se aposentou aos 47 anos.
Siga Fabio! Siga pegando muito, porque na história do clube das “três cores que traduzem tradição”, seguramente você está na prateleira de Félix e Castilho. Vamos em frente! #flavioazevedo