As declarações do treinador do Flamengo, Filipe Luís; a respeito do atacante Pedro; onde ele alega desinteresse do atleta para treinar e performar, estão dando o que falar. Aliás, o assunto já saiu do campo esportivo e já tem repercussão igual a notícia da taxação estipulada por Donald Trump ao Brasil a partir do próximo 01/08. A treta, sobretudo a postura do técnico, também tomou conta do campo da Psicologia e já está pautando áreas que trabalham com formação de lideranças.
Em tempos de muito mimimi e geração não me toque, eu em particular aprovei a coragem do jovem treinador. Aliás, tenham certeza de que o Futebol brasileiro seria mais competitivo e vitorioso se outros técnicos agissem de igual modo. A melhor parte é quando Filipe Luís afirma ter amparo tecnológico para deixar o atacante fora do time titular e do bando de reservas.
Uma rápida olhada no retrovisor da história do Futebol nos permite enxergar vários craques afastados do time que atuavam, inclusive na Seleção Brasileira. Todavia, nós nunca vimos um técnico vir a público dar nome aos bois. Uma vez questionados, os treinadores sempre saiam com a seguinte resposta protocolar e mofada: “coisas internas vamos resolver internamente”. Resultado? O torcedor sempre ficava pensando que o treinador estava de marcação com o atleta, o que realmente acontece, mas nem sempre é isso. Eu tenho certeza que depois das suas declarações, Filipe Luís não será enxergado com desconfiança, sobretudo pelo torcedor, que apoiam quem deseja vencer.
Quanto a “exposição do atleta” outra bobajada que vejo muita gente boa usando para defender o Pedro, eu parto da seguinte premissa: “ande na linha para não ser exposto”. Outro ponto que tem sido apontado é a “empatia que é preciso ter com quem está no erro”. Eu não consigo parar de pensar que em razão dessa tal “empatia”, o que tem de gente mala por aí merecendo corretivo e repreensão, mas que segue sendo adulada, “porque precisamos ter empatia”, não está no gibi. É nítido que tal a empatia virou uma espécie de muleta para escorar quem não tem qualidade, competência e talento, em espaços que essas características são exigidas.
Outra situação tragicômica é a postura de alguns comentaristas e analistas esportivos que recriminam os treinadores que têm a postura “paizão”, mas estão, nesse caso, condenando a postura clara e honesta do Filipe Luís. Sinceramente, se o técnico fosse europeu, os tais críticos estariam enaltecendo a decisão e usando frases de efeito tipo “na Europa o negócio é diferente”, “o europeu tem mentalidade vencedora”; “o Futebol brasileiro precisa desse tipo de comando”, entre outras patacoadas que meus colegas vivem falando e escrevendo a partir dos seus interesses políticos e esportivos, é claro.
Por ultimo e não menos importante, eu gostaria de desejar muita força e coragem ao Felipe Luiz. Quanto ao Pedro, que ele volte o quanto antes a treinar forte e se dedicar, porque precisamos do Pedro artilheiro e sem mimimi na Copa do Mundo do ano que vem! Vamos em frente! #flavioazevedo
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