quinta-feira, 17 de julho de 2025

Interferências estranhas do Judiciário nos poderes é coisa antiga

Quando alguém reclama, duvida, critica e discorda das decisões do Congresso Nacional e/ou do Supremo Tribunal Federal (STF), esse alguém é entendido por setores da sociedade brasileira como “antidemocrático”. Pois bem! E quando alguém que não teve voto algum desfaz uma decisão desse mesmo Congresso Nacional? Será que eu posso entender esse alguém como “antidemocrático”? Ou esse meu entendimento será compreendido como “antidemocrático”?

É... Ao que parece o Brasil realmente segue caminhando passos largos na direção do autoritarismo, da tirania e já pode ser considerado um território onde as liberdades estão em perigo. Vale acrescentar que mesmo essa realidade não te incomodando, porque nesse momento ela caminha ao encontro da sua ideologia, esse cenário não deixa de ser uma guinada na direção do autoritarismo, da tirania e do ataque às liberdades.

Rotular o que está acontecendo no Brasil tão somente como queda de braço entre Lula e Bolsonaro é ignorar uma série de fatores que transcendem o universo político. Ficar focado no que dizem e no que fazem os ícones políticos, agentes treinados para o tempo todo jogar para suas torcidas, é raso, perpetua a animosidade onde deveria existir dialogo e atrasa o desenvolvimento socioeconômico do território.

Para quem está espantado com a decisão do ministro, Alexandre de Moraes; e pensa ser esse Ato uma ação isolada do Judiciário, eu sugiro que revisitem o ano de 2016 e a corrida pela Prefeitura de Rio Bonito. À época, uma canetada no plantão Judiciário, do desembargador Siro Darlan, permitiu um candidato inelegível disputar o pleito.

Posteriormente, a canetada da madrugada foi confirmada pelo colegiado do Tribunal de Justiça do Estado Rio de Janeiro, que desavergonhadamente cancelou um ato do Poder Legislativo Municipal de Rio Bonito para tornar elegível um candidato que não poderia concorrer por ter tido as contas rejeitadas pela Câmara Municipal de Vereadores em 2015.

E ainda teve o “caso Napoleão”, aquele integrante do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que ficou sentado por pelo menos dois anos (2015 e 2016) no processo que se tivesse andamento teria culminado com o afastamento da então prefeita de Rio Bonito.

Como diz a letra da canção de Cazuza, “eu vejo o futuro repetir o passado”. Se você é morador de outro município eu entendo sua surpresa com a decisão do ministro, Alexandre de Moraes. Todavia, se você é de Rio Bonito e está surpreso, só pode estar se fazendo de doido ou estava em Nárnia num passado recente.

Curioso é ver gente que há 10 anos batia palmas para os Atos e postura suspeitíssimos de Napoleão e Siro Darlan (eles interferiram, sim, no ambiente político de Rio Bonito), hoje, reclamando do Alexandre de Moraes. Ah, vão tomar vergonha!

OBS: perdoem o meu entendimento “antidemocrático” e me desculpem se a minha memória me permite ver o “futuro repetindo o passado” e enxergar que estamos diante de um “museu de grandes novidades”. Vamos em frente! #flavioazevedo

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