segunda-feira, 11 de março de 2013

Rio Bonito, um CLUBE DE AMIGOS!


Flávio Azevedo

Tratar com reverência, babação e até divinização é a postura de muitos diante de gente que precisa na verdade "tomar chicotada".
Em Rio Bonito, entra governo e sai governo, as questões reclamadas e apontadas como alvos de mudanças continuam sempre da mesma forma. Nos municípios vizinhos não é diferente, mas a “Cidade Risonha” tem peculiaridades que a destacam das demais cidades de menor porte: o compadrio, os cartéis e a característica principal: somos uma sociedade fechada, sobretudo se os candidatos a “novos membros”, econômica e politicamente, representarem algum tipo de ameaça ao “status quo” ou estado atual das coisas.

O interessante dos problemas riobonitenses é que em todas as questões levantadas por qualquer pessoa, independentemente de governo, a essência é a mesma! Eu costumo dizer, para o horror de muitos e alegria de poucos, que Rio Bonito é um município gerenciado como se fosse um “CLUBE DE AMIGOS”. Sim, a lógica é essa. A prevalência nunca é destinada a coletividade, mas ao que é bom para mim e/ou para o meu colaborador!

Pensando nessa lógica, também é possível afirmar que, por aqui, não existe um troca-troca de governo como as pessoas comentam. O que existe na verdade é um revezamento, que, inclusive, é definido e sustentado pelo tal “clube de amigos”. É possível provar essa lógica. Esqueçam, por exemplo, a “marionete” que está no poder e pensem em quem está em volta (quem são eles e por que estão nesses lugares?). Já observaram que são sempre os mesmos nomes? E por que as novas opções não emplacam? Outra coisa: as decisões são tomadas a favor de quem? Perceberam?

O problema é que, às vezes, as nossas críticas e ponderações têm orientação partidária (as exceções existe), o que atrapalha a credibilidade do que está sendo abordado. Tanto é assim, que quando o crítico chega ao poder, ele passa a usar as ferramentas do antecessor e prossegue fazendo as mesmas bandalheiras. Curiosamente, o novo sequer se dá ao trabalho de colocar uma roupa diferente nos escândalos e coisas feias que ele apontou durante a campanha eleitoral. Aliás, parece que o cara esqueceu tudo que foi dito e prometido. 

E por que ficamos calados? Por dois motivos simples, porém, difíceis de serem aceitos por quem reclama: por não acreditarmos que vai mudar e/ou por nutrirmos alguma esperança de fazer parte do sistema que condenamos, mas é rentável, num futuro próximo. Logo, é mais prudente ficar calado esperando a tal oportunidade de faturar algum!

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