Flávio Azevedo
Tratar com reverência, babação e até divinização é a postura de muitos diante de gente que precisa na verdade "tomar chicotada". |
Em Rio Bonito,
entra governo e sai governo, as questões reclamadas e apontadas como alvos de
mudanças continuam sempre da mesma forma. Nos municípios vizinhos não é
diferente, mas a “Cidade Risonha” tem peculiaridades que a destacam das demais
cidades de menor porte: o compadrio, os cartéis e a característica principal:
somos uma sociedade fechada, sobretudo se os candidatos a “novos membros”,
econômica e politicamente, representarem algum tipo de ameaça ao “status quo” ou estado atual das coisas.
O interessante dos
problemas riobonitenses é que em todas as questões levantadas por qualquer
pessoa, independentemente de governo, a essência é a mesma! Eu costumo dizer,
para o horror de muitos e alegria de poucos, que Rio Bonito é um município gerenciado
como se fosse um “CLUBE DE AMIGOS”. Sim, a lógica é essa. A prevalência nunca é
destinada a coletividade, mas ao que é bom para mim e/ou para o meu
colaborador!
Pensando nessa
lógica, também é possível afirmar que, por aqui, não existe um troca-troca de
governo como as pessoas comentam. O que existe na verdade é um revezamento,
que, inclusive, é definido e sustentado pelo tal “clube de amigos”. É possível provar
essa lógica. Esqueçam, por exemplo, a “marionete” que está no poder e pensem em
quem está em volta (quem são eles e por que estão nesses lugares?). Já
observaram que são sempre os mesmos nomes? E por que as novas opções não
emplacam? Outra coisa: as decisões são tomadas a favor de quem? Perceberam?
O problema
é que, às vezes, as nossas críticas e ponderações têm orientação partidária (as
exceções existe), o que atrapalha a credibilidade do que está sendo abordado.
Tanto é assim, que quando o crítico chega ao poder, ele passa a usar as
ferramentas do antecessor e prossegue fazendo as mesmas bandalheiras. Curiosamente,
o novo sequer se dá ao trabalho de colocar uma roupa diferente nos escândalos e
coisas feias que ele apontou durante a campanha eleitoral. Aliás, parece que o
cara esqueceu tudo que foi dito e prometido.
E por
que ficamos calados? Por dois motivos simples, porém, difíceis de serem aceitos
por quem reclama: por não acreditarmos que vai mudar e/ou por nutrirmos alguma
esperança de fazer parte do sistema que condenamos, mas é rentável, num futuro
próximo. Logo, é mais prudente ficar calado esperando a tal oportunidade de
faturar algum!
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