Flávio Azevedo
Num domingo de Páscoa
como hoje, convém meditar no que escreveu o evangelista Lucas (24:1-7).
Segundo ele, no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram às mulheres ao
sepulcro onde Jesus havia sido sepultado. Elas levavam especiarias para
embalsamar o corpo do mestre (costume da época). Ao chegar ao local,
porém, a sepultura estava aberta. E, entrando no sepulcro, que era
escavado numa caverna, elas não acharam o corpo de Jesus.
A perplexidade com a
situação não as permitiu ver a chegada de dois homens que lhes perguntaram por que
elas buscavam entre os mortos alguém que estava vivo. Aqueles homens também informaram
que Jesus havia ressuscitado. Concluindo, eles também as lembraram que o
próprio Cristo em suas pregações ensinava: “Convém que o Filho do homem seja
entregue nas mãos de homens pecadores, seja crucificado, e ao terceiro dia
ressuscite”.
Aquelas mulheres
conviviam com Jesus; diariamente, ouviam os seus ensinamentos; assistiram
muitos dos seus milagres, curas e manifestações que confirmavam Jesus como o
Filho de Deus; mas não compreenderam a missão de Jesus Cristo. Elas, e todos os
seguidores de Jesus, inclusive, os discípulos, acreditavam que Ele fundaria um
reino material. Os judeus não compreenderam que o objetivo de Cristo era fundar
um reino espiritual. Não assimilaram que Ele queria implantar as suas bases,
conceitos e ensinamentos no coração e entendimento dos homens.
Nós, porém, não
podemos condená-los, porque sempre nos comportamos de maneira semelhante. Quantas
vezes, apesar desses exemplos, nós metemos os pés pelas mãos e não entendemos o
plano de Deus? Jesus, enquanto se preparava para a cruz, por várias vezes pediu
a Deus: “Pai, se possível, passa de mim esse cálice...!”. E a oração de Jesus
não foi atendida. Ele acabou sendo preso, torturado e morto, porque como
escreveu Isaías, “o castigo que nos trás a paz estava sobre Ele, e pelas suas
pisaduras fomos sarados” (53:5).
Deus sabe o que é
melhor para nós. Embora, às vezes, nós não compreendemos os seus planos, é
importante confiar. Fazer o que Jesus fez. Ele confiou, se entregou, padeceu,
morreu, mas ressuscitou. Hoje, Jesus está sentado à direita de Deus. No livro
de Hebreus, capítulo 1, nos três primeiros versos, o escritor diz que “havendo
Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos
profetas, nestes últimos dias a nós nos falou pelo Filho, a quem
constituiu herdeiro de todas as coisas, e por quem fez também o mundo; sendo
Ele o resplendor da sua glória e a expressa imagem do seu Ser, e sustentando
todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo ele mesmo feito a PURIFICAÇÃO
DOS PECADOS, assentou-se à direita da Majestade nas alturas”.
Hoje, Jesus se
prepara para voltar e buscar quem, como Ele, aceita e entende o plano de Deus
em sua vida. Sendo assim, penso ser importante meditar no que escreveu João, no
seu evangelho (14:1-6). Nesses versos ele reproduziu as palavras de
Jesus, que prometeu voltar: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus,
crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse
assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e
vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que
onde eu estiver estejais vós também (1-3)”.
De acordo com o
relato, um dos discípulos, de nome Tomé, após ouvir Jesus proferir essas
palavras, questionou: “Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos
saber o caminho?”. Jesus respondeu: “Eu sou o caminho, e a verdade e a
vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”. Diante do sacrifício que Jesus fez
por mim e por você; diante da notícia de que Ele vai voltar para buscar quem
estiver andando no caminho que Ele orientou como correto... Qual tem sido a nossa
postura? Desejamos chegar a Deus? Bem, todos nos almejamos, mas o único caminho
que nos conduz a Ele é a “Rodovia Jesus Cristo”.
Não deixe de trafegar
por ela!
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