Flávio Azevedo - Reflexões
Por ocasião da inauguração da sede própria da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Rio Bonito, um dos oradores da noite, o desembargador Carlos José Martins Gomes, disse que “a sociedade progride através de suas instituições”. Essas palavras ficaram gravadas na minha memória. E, assim que eu soube do projeto dos profissionais ou professores de Educação Física – que são na sua maioria meus amigos – em se organizar para fundar a Associação dos Profissionais de Educação Física – Rio Bonito, APEF-RB, fiquei muito feliz. Afinal, iniciativas como essa afastam o ceticismo que obstruem a esperança de ver Rio Bonito tornar-se uma cidade de futuro.
Mas falando da APEF-RB, penso que é interessante informar ao leitor – que assim como eu, pode estar querendo saber um pouco mais sobre Educação Física – que o crescimento do poder aquisitivo do brasileiro, a busca das nossas autoridades federais em colocar o Brasil entre os países mais desenvolvidos do planeta e o aumento de adeptos ao belo e ao culto ao corpo malhado, que somente pode ser alcançado através da prática de atividades físicas e esportivas nas suas mais diversas manifestações, levou o presidente Lula a sancionar a Lei 11.342, de 18 de agosto de 2006, de autoria da deputada federal Laura Carneiro (DEM/RJ), que institui o dia 1° de Setembro como o Dia do Profissional de Educação Física.
A partir dessa regulamentação, responsabilidades éticas e profissionais devem ser respeitadas pela categoria. No Brasil, existe cerca de 40 mil profissionais de Educação Física, que estão registrados nos Conselhos Regionais da categoria. Eu descobri que desse total, cerca de 90 estão em Rio Bonito, incluindo estudantes e profissionais já formados. Cabe lembrar ao leitor, que o esporte é um dos fenômenos sociais mais marcantes da atualidade e já há algum tempo funciona como ferramenta para se viver com mais saúde. Por isso, podemos afirmar com tranqüilidade, que o Profissional de Educação Física está ocupando cada vez mais espaço na sociedade Brasileira. Ele está presente nas escolas, nas academias, nos clubes esportivos, nos centros de lazer e recreação e nas empresas e instituições que utilizam essa prática para melhorar a qualidade de vida dos funcionários.
Contudo, é preciso destacar que essa visibilidade exige que o profissional de Educação Física seja cada vez mais bem preparado, porque ele atua em diferentes contextos culturais. No ambiente escolar, ele também é um educador. Nos núcleos esportivos, dependendo da realidade da comunidade, ele é, além de professor, médico, assistente social, conselheiro, amigo, entre outras coisas. Mas, além disso, esses profissionais, sejam eles homens ou mulheres, têm uma vida particular, onde também desempenham variados papéis, pois ele é pai, é mãe, é filho, irmão, neto, é esposo ou esposa etc.
Toda essa responsabilidade existe, porque compete ao Profissional de Educação Física – graduado ou bacharel – coordenar, planejar, programar, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar, avaliar e executar trabalhos, programas, planos e projetos, bem como prestar serviços de auditoria, consultoria e assessoria, realizar treinamentos especializados, participar de equipes multidisciplinares e interdisciplinares e elaborar informes técnicos, científicos e pedagógicos, todos nas áreas da atividade física, desporto, lazer, atividades rítmicas e expressivas e outras inseridas no contexto de desenvolvimento da cultura corporal.
Que essas responsabilidades conscientizem as pessoas, sobretudo os praticantes de esporte, que não basta o sujeito ser ‘parrudo’ para receber o título e a vaga de profissional de Educação Física. Afinal, não são raras as histórias de profissionais dessa categoria que são boicotados no mercado de trabalho por academias que contratam pessoas sem essa qualificação, com um único interesse: nivelar os salários abaixo do piso recomendado e merecido. Afinal, assim como o médico, o profissional de Educação Física também cursou uma universidade, passou pelo laboratório de anatomia e, como ‘Dr’ virou moda, pode até ser chamado de ‘doutor’. Por que não?
Por isso, como representante da área de Comunicação Social, quero parabenizar os profissionais e estudantes de Educação Física de Rio Bonito pelo dia 1º de setembro. Além disso, louvo a iniciativa dessa classe, que se organizou através da Associação dos Professores de Educação Física – Rio Bonito (APEF-RB). Concluindo, penso que embora os idealizadores desse projeto tenham um comportamento apartidário, demonstram elevado espírito público e interesse pelo desenvolvimento de Rio Bonito.
Esses meninos – integrantes da APEF-RB – poderiam na última segunda-feira (dia 1º de setembro), combinar um churrasco, fazer um show ou estarem confortavelmente em suas casas junto de suas famílias. Mas não... Preferiram organizar um encontro entre os candidatos a prefeito da cidade, para conhecer seus projetos para Rio Bonito. Isso demonstra preocupação com o futuro e indica que ainda existe esperança para o nosso querido Brasil.
Esse texto foi escrito por mim em setembro de 2008.
Se você não soube ou não lembra do que aconteceu no encontro que a Aperf-RB fez com os candidatos a prefeito de Ro Bonito em 2008, confira o link a seguir. A matéria é do meu amigo Guilherme Duarte.
http://www.guiarb.com.br/detalhe_noticia.asp?id_not=906
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