Flávio Azevedo - Reflexões
Sobre a ideia de fazer Flávio Azevedo candidato a prefeito, eu vou confessar aos senhores, que esse é um sonho de infância. Quando eu era criança e adolescente tinha eu três sonhos: ser prefeito, governador ou presidente da República (entrar na política), ser jornalista (queria ser o apresentador do Jornal Nacional) e casar com a mulher que, hoje, curiosamente é minha esposa (ainda sou apaixonado por ela!). É... Parece que dos três sonhos, dois deles eu já realizei!
Os amigos que acompanham o meu trabalho sabem que eu não tenho “medo” e também não tenho nenhum problema em “me envolver em confusões”. É só olharem a minha curta e recente carreira de jornalista. Quem tem esse receio deve escolher outra profissão. O que acontece é que eu ainda sou muito idealista e acredito que os problemas da sociedade só serão resolvidos em longuissimo prazo. Sendo assim, penso que a minha atuação como homem de impresa já contribui bastante para que o cenário político tenha rumos e contornos diferentes.
Proporcionar espaços de debate, por exemplo, fazer provocações, motivar reflexões, coisas que penso conseguir fazer através das mídias que eu represento, é uma contribuição que não parece importante, mas é, de longe, uma ferramenta excelente para a democracia e para a formação de novos pensamentos, sobretudo das gerações futuras.
Não fujo da marca que me colocaram – pensando estar me ofendendo – de que eu sou muito político. Aliás, eu faço questão de fazer as minhas mídias falerem bastante de política, mas sempre de maneira provocativa e reflexiva (a ideia é sairmos da inércia). Na verdade, eu quero que seja assim! Entretanto, eu não quero, pelo menos em disputas domésticas, ser partidário de A, B ou C. Eu concordo, discordo, tenho simpatias e antipatias em todos os grupos políticos.
Confesso que já me dou por satisfeito em ser “prefeito, governador e presidente” no meu jornal, no meu programa de rádio e nas minhas redes sociais. Na verdade, nada disso é meu, pelo contrário, é nosso! Digo isso, porque nesses espaços realmente acontece uma “democracia participativa” – e não apenas “representativa”. Nesses espaços, todos nós opinamos, damos ideias, broncas, nós reclamamos, extravasamos a nossa indignação – até eu recebo críticas de vários eleitores, ouvintes e internautas – mas tudo isso sem a “ditadura” da fidelidade partidária.
Todavia, eu tenho sim, sobretudo nos últimos 12 meses, encontrado muitas pessoas me encorajando a ser candidato a prefeito – a tal da quarta ou quinta opção. O problema é que eu não me vejo negociando a exploração do lixo da minha cidade com um empreiteiro sem escrúpulos. Também não me vejo negociando parceria cm esse ou aquele deputado, porque ele vai colocar R$ 1 milhão na minha campanha.
Outro problema: eu não penso em ter fila de pedintes na minha porta – embora entenda e compreenda a necessidade das pessoas, e elas existem e são urgentes. Não me vejo tirando dinheiro da Cultura, da Educação, do Esporte, da Saúde, entre outros setores, para dar mensalão a vereador mercenário. Enfim, eu não acho justo gastar mais do que o necessário numa campanha política, seja ela para presidente da República ou para presidente da associação de moradores da Serra do Sambê, bairro onde eu moro.
Não entro na disputa eleitoral porque percebo serem os descontentes uma minoria muito pequena (a redundância é proposital). Gente que reclama e critica simplesmente porque não está usufruindo da teta governamental. Pessoas que querem votar em quem dará retorno financeiro imediato e/ou em longo prazo. E tenha certeza, 99% da popuação tem esse perfil!
Dias atrás eu comentava com uma amiga, que a minha missão é pedagógica. Concordo que os meus textos são fortes, provocativos, geralmente ofensivos, mas isso tem um propósito: mexer com os brios do nosso povo para ver se eles finalmente, através do voto, acabam de uma vez por todas com esse maldito sistema que nos governa.
Penso que ficou muito bem explicado aos meus amigos, porque não serei candidato a nenhum cargo eletivo na próxima eleição! Aliás, peço, torço, imploro, aos próximos vereadores e prefeito de Rio Bonito, que administrem bem a nossa cidade – pelos menos com mais acertos do que erros – para que eu não precise entrar na vida pública partidária e tenha, ao contrário do que vem acontecendo, muita notícia positiva para divulgar em minhas mídias.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
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