Por Flávio Azevedo
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou, esta semana, que o orçamento federal de 2011 será de R$ 50 bilhões, o que equivale a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Um dos principais reflexos da contenção de gastos será a suspensão da contratação de aprovados em concursos e da realização de concursos que estavam previstos para 2011. Estavam previstos para esse ano, cerca de 15 mil vagas.
Segundo o ministro, os cortes não vão afetar os R$ 170,8 bilhões previstos para investimentos, entre eles R$ 40,15 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e programas sociais. As estatais também vão ficar de fora do pacote de contenção de gastos.
A contenção de gastos serve para o governo tentar conter o aumento da inflação. Dessa maneira, será possível diminuir a taxa de juros, atualmente em 11,25% ao ano. Outro objetivo é cumprir a meta de superávit primário (economia para pagar juros da dívida pública), de R$ 117,9 bilhões neste ano. “Estamos revertendo todos os estímulos que fizemos para a economia brasileira entre 2009 e 2010 por conta da crise financeira internacional. Nos últimos anos, o governo concedeu subsídios e aumentou seus gastos. Isso foi bem sucedido, pois o País saiu rapidamente da crise. Hoje, está com a economia crescendo, com demanda forte. E já estamos retirando esses incentivos”, declarou Mantega.
Durante o governo Lula, houve dois grandes cortes no Orçamento, que, juntos, somaram cerca de R$ 22,3 bilhões. O primeiro foi de R$ 14,3 bilhões. em 2003. O segundo totalizou cerca de R$ 8 bilhões no ano passado.
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