sábado, 19 de abril de 2014

Francisco Azevedo Ribeiro...

Francisco Azevedo, meu pai, no meu programa de Rádio (O Tempo em Rio Bonito), promovendo o lançamento do seu primeiro livro "Retalhos da Vida"
... O poeta, o escritor, o músico, o escultor, o artesão, o trovador, o letrista, o pregador, o pai... O irmão, o tio, o esposo, o amigo, o vizinho... Mas de qual Francisco eu quero falar? Eu peço licença para falar do Francisco pai... Meu grande companheiro e grande fã... Um incentivador... O sujeito que, para mim, sempre tinha uma palavra de otimismo diante das adversidades.

Um dia... O Francisco pai juntou todas as outras virtudes e escreveu um rápido poema. Escreveu em rimas, como era o seu estilo. Ele disse que “nas arquibancadas da vida ele estava na primeira cadeira a me aplaudir”.

Meu pai era a primeira pessoa que ouvia, pacientemente, os meus textos. Era o meu primeiro leitor, o meu primeiro ouvinte... Meu grande companheiro! Hoje, um dia depois do seu sepultamento – e para o resto da minha existência –, eu olho para a tal arquibancada e vejo um lugar vazio... O lugar do meu velho, que de velho não tinha nada! Era mais intrépido e mais ágil do que eu... Que sou 28 anos mais moço que ele.

Aquele lugar vazio na arquibancada da vida nunca mais será ocupado. Sempre... No sucesso ou no fracasso, eu irei olhar aquele lugar na esperança de ver aquele sorriso encorajador me dizendo “é isso aí filhão, vai enfrente, não desista”, mas ele não vai estar lá... Estará apenas na minha lembrança.

Amigo leitor, a vida é muito curta! Como escreveu o grande poeta, não tão brilhante como o meu pai, Renato Russo, “é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”.

Para os mais jovens, uma sugestão: não deixe de ouvir os conselhos do seu pai... Não deixe de obedecer as suas recomendações, para que no momento da despedida você tenha a consciência tranquila e se despeça de um amigo. “Quanta coisa podia ser dita a minha mãe ou ao meu pai?”, é o que já ouvi muitas vezes um filho dizer durante um funeral. Aí já é tarde, porque o homenageado não pode ouvir.

Que Deus me de força e me ajude a preencher o vazio que já estou sentindo. Não terei mais aquele abraço firme, aquele aperto de mão forte e, sobretudo, aquele incentivador “é isso aí filhão!”. Portanto, você que tem o seu pai, a sua mãe... Não perca tempo! Aproveite para amá-los enquanto estão juntos de você!

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