segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Encontro de Contabilistas do Litoral Fluminense é sucesso

Flávio Azevedo

O município de Itaboraí sediou na última sexta-feira (18), o XV Encontro dos Contabilistas da Região Leste Fluminense (Encon). Cerca de 200 pessoas, entre contabilistas, organizadores e representantes dos patrocinadores participaram do evento, que aconteceu no clube Vera Gol Esporte e Lazer. O prefeito de Silva Jardim, Marcello Zelão (PT); o vice-prefeito de Rio Bonito, Matheus Neto (PSB); e o secretário de Fazenda de Itaboraí, José Fernando Soares marcaram presença. O presidente da Associação dos Profissionais de Contabilidade (Aprocon), José Américo dos Santos abriu o evento destacando a importância de o contador estar acompanhando as mudanças que atingem a classe.
– A Contabilidade, esse instrumento comum a todos nós que estamos aqui nessa manhã, desde a antiguidade está presente entre nós. Mas... Por que e para que estamos aqui nesse evento? Exatamente porque não estamos mais na época do escambo (atividade comercial da antiguidade). Os negócios, as relações, sobretudo as ferramentas evoluíram e nós precisamos acompanhar bem de perto essa evolução – discorreu.

Ainda segundo José Américo, que é delegado regional do Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro (CRCRJ), “os profissionais de Contabilidade precisam estar antenados para o cenário que se descortina a nossa frente”. Para o delegado, que também é advogado, “o que nos difere dos ditos homens da antiguidade – e eles eram tão engenhosos quantos nós, vide as pirâmides dos faraós – é a tecnologia, a informática e a internet”.

Sobre as constantes mudanças que o governo impõe as classes, empresarial e contabilista, através da Receita Federal e dos seus órgãos fiscalizadores, José Américo acredita que os instrumentos utilizados para fiscalizar podem ser o diferencial nas ações dos contadores. “Esta talvez seja a principal razão do Encon, que foi idealizado e pensado principalmente para que estimular a interação e a troca de experiências entre os profissionais”.
– Penso que o cenário que está diante de nós é terrível, mas ao mesmo tempo, extremamente promissor! A tecnologia, o computador, os softwares e a internet, podem ser os nossos aliados na transição em que estamos deixando de ser guarda-livros para nos tornar consultores – ponderou.

Cenário diferente

A presidenta do Conselho Regional de Contabilidade, Diva Maria Gesualdi de Oliveira, ressaltou que é importante a categoria ter entre os seus parceiros os governos (municipal, estadual e federal). Ela também ressaltou a importância do uso das tecnologias, que segundo ela “é a ferramenta responsável pelos avanços das nossas atividades”. A presidente também cobrou mais proximidade da categoria com o CRCRJ. “É importante fazer Contabilidade na sua essência e esses eventos servem mostrar essa necessidade. A Receita Federal tem oferecido inúmeros cursos, mas precisamos estar mais próximos para poder transmitir essas novidades para vocês”, comentou.

O prefeito Marcello Zelão lembrou que antes de ingressar na vida pública ele trabalhou na Receita Federal. “Ou seja, por muito tempo eu fui o cara chato do outro lado do balcão”. Para o chefe do executivo silvajardinense, o contador apanha dos dois lados, “porque para o empresário, ele é olhado como aquele chato que sempre trás um boleto para pagar. Já para a Receita Federal, ele é o personagem que trás problemas para resolver”, disse Zelão, para quem a legislação brasileira está focada nas grandes empresas e negócios, o que ele classifica como erro. “O governo esquece que o micro e médio empresário é quem sustenta essa máquina”.

O vice-prefeito Matheus Neto destacou as oportunidades que estão surgindo no Rio de Janeiro, “sobretudo a nossa região, que está recebendo o Comperj, um dos maiores investimentos da Petrobrás em todos os tempos”. Para Matheus, os Estados Unidos sempre foram identificados como o país das oportunidades, “mas nos últimos anos o Brasil está concorrendo forte nesse quesito”.
– Podemos acreditar sem medo de errar, que o país está oferecendo inúmeras oportunidades. Se isso por um lado é muito bom, por outro, a nossa responsabilidade como representantes da população nos obriga a trabalhar muito e eu acredito que não podemos perder tempo. Nós precisamos preparar as nossas cidades para absolver de forma positiva os impactos do Comperj e os contadores podem nos ajudar nessa empreitada – assegurou.

O vice-presidente do interior do CRC, Cláudio Vieira dos Santos, descreveu o cenário que esta diante da classe contabilista. Segundo ele, houve tempo que a Contabilidade atendia o capital. Hoje, porém, segundo Vieira, o serviço é voltado para a produção. “Saímos do modelo americano de fazer Contabilidade para o modelo europeu. Diante dessas mudanças e transformações nós temos que ler, nos informar, nos atualizar e eventos dessa natureza (Encon) acontecem para esse fim. Aqui nos distraímos da pressão diária do escritório, mas também travamos debates para facilitar as nossas ações profissionais”, frisou.

Presenças

Ainda participaram do XV Encon, o representante das empresas de contabilidade (Sescon), Hélcio Coutinho; a presidente da Associação dos Contabilistas de Rio das Ostras, Iracema Rodrigues; o presidente da Câmara de Dirigentes Logistas (CDL) de Itaboraí, Ricardo Caldas Pestana; e o contador e vereador de Macaé, Luis Fernando Borba.

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