segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

A Enel e seu eterno desserviço prestado a população

Um dos desafios da gestão municipal que inicia em janeiro de 2025 é o relacionamento com a Enel, empresa que vende energia elétrica. Há anos que os munícipes vêm penando com o desserviço dessa concessionária. É muito nítido que a Enel está sempre atenta a cobrar a energia que consumimos e demonstra muito pouco interesse em prestar serviço, sobretudo quando o assunto é a interrupção no fornecimento.

O quadro se agrava nessa época do ano, período de chuvas e ventos e/ou temporais, quadro climático que podemos classificar como “corriqueiro”, porque ocorre todos os anos. Todavia, ano após ano, desde a época da Ampla, a concessionária se comporta como se a situação climática fosse uma grande novidade.

Do bairro Praça Cruzeiro, por exemplo, chega um pedido de socorro a respeito de uma árvore prestes a cair sobre uma moradia. A casa está localizada na Rua Domício da Gama, em frente a GR Refrigeração. Moradores relatam que a Defesa Civil até esteve por lá, o Corpo de Bombeiros também foi acionado, mas só podem cortar a árvore se a Enel desligar a energia. Aí é que a porca torce o rabo! Ligações em cima de ligações, protocolos e mais protocolos... E nada da equipe Enel aparecer. Isso está rolando o fim de semana todo.

Na manhã dessa segunda-feira (23/12) um morador do 2º Distrito de Rio Bonito reclama falta de energia elétrica desde a última sexta-feira (21) na estrada do Cavalo Russo. De acordo com ele, um cabo foi arrebentado por um galho que caiu por conta da ventania. Vários telefonemas foram feitos para o Serviço de Atendimento ao Cliente da Enel e nenhuma prestação de serviço aconteceu até agora. Quem passa pelo trecho está com medo porque o fio segue energizado e caído na beira da estrada levando risco aos transeuntes.

Em ambas as situações a desculpa é sempre a mesma: a Enel orienta os moradores a chamar os Bombeiros ou a Defesa Civil. Todavia, para a atuação desses profissionais é necessário que a equipe da Enel venha até o local desligar a energia. E nessa briga do mar com o rochedo quem apanha é o marisco, no caso o cliente Enel que verdadeiramente não tem a quem recorrer.

Confesso que cansei de escrever a respeito desse e de outros temas. Sobre a Enel, por exemplo, o primeiro texto abordando exatamente essas questões foi redigido há mais de 10 anos. E a desgraça que ocorreu em fevereiro de 2016 no bairro Mangueira? Kely Barbosa e seu filho de nove morreram eletrocutados. Eles trafegavam pela estrada depois de um temporal. A noite escura não permitiu que eles enxergassem o cabo energizado caído na estrada e foram eletrocutados.

A única mudança é que na época dessa triste ocorrência a empresa prestadora do desserviço era Ampla. Hoje é Enel. O desserviço, porém, continua e o descaso com o cliente é rigorosamente igual (há quem diga que a velha Ampla era menos pior que a Enel).

Desde que comecei a falar e escrever a respeito desse assunto, três governos passaram pela Prefeitura de Rio Bonito. Nenhum deles conseguiu cobrar do estado, poder concedente e/ou da concessionária, sequer uma equipe de manutenção para atuar exclusivamente no município. Segundo informações, a única equipe de manutenção fica parqueada em São Gonçalo e tem que dar conta de São Gonçalo, Itaboraí e Tanguá, antes de chegar a Rio Bonito. Como diria o saudoso comediante Lilico: “é bonito isso? Pra cá com esse negócio!”.

É desafiador ou não é? Boa sorte a gestão Marcos Abrahão! Vamos em frente! #flavioazevedo

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