domingo, 4 de agosto de 2024

As lições de Novak Djokovic para os lacradores

Nesse domingo (04/08), o noticiário Olímpico passou o dia exaltando a medalha de ouro do tenista sérvio, Novak Djokovic. Aos 37 anos ele coloca na galeria a última conquista que faltava: ser campeão olímpico. Por já possuir mais títulos de Grand Slams, mais títulos de Masters 1000, mais títulos de ATP Finals e mais semanas como número 1° do mundo que qualquer outro jogador na história do tênis, Novak Djokovic, com a conquista do ouro Olímpico pode e deve ser considerado o maior tenista de todos os tempos.

A mesma mídia que baba o tenista sérvio, hoje, esqueceu rapidamente da patacoada que protagonizou com ele em 2022, quando a pauta era a sua escolha de não tomar vacina contra Covid. Aliás, como aconteceu com todas as pessoas (famosas e anônimas) contrarias a obrigatoriedade da referida imunização, a patrulha lacradora fez muita gente pensar que Djokovic era uma espécie de tarado, maluco, inconsequente que estava colocando a humanidade em risco por conta da sua resistência.

O ano era 2022. A competição em questão era o Australian Open. A escolha do sérvio de não tomar a vacina resultou na sua deportação da Austrália e, consequentemente, sua ausência no referido torneio. A postura da imprensa, hoje, deixou claro que os lacradores esqueceram o quanto marginalizaram um atleta que também é genial por defender a liberdade de escolher o que fazer com o seu corpo.

Em entrevista a BBC, Novak Djokovic; explicou preferir perder futuros torneios de Tênis que receber uma vacina contra a Covid. O tenista frisou não ser ligado a nenhum movimento antivacina, mas que apoia o direito de escolha do indivíduo. Perguntado se aceitaria ficar de fora de competições como Wimbledon e o Aberto da França, por causa de sua posição sobre a vacina, Djokovic respondeu que estava disposto a pagar esse preço.
– Não sou antivacinação, nunca disse que sou e nem sou pró-vacina. O que sou é pró-escolha. Defendo a liberdade de escolha. É um direito humano fundamental ser livre para decidir quais coisas injetar ou não no corpo – declarou o tenista, ressaltando ter explicado isso à ‘BBC’. Ele acrescentou que “retiraram muitas frases, aquelas que não eram apropriadas e por isso nunca mais falei sobre essa história”.

De forma desonesta, como fazem com outros temas, boa parte da imprensa mundial, famosos e celebridades; personagens e instituições que buscam uniformizar pessoas ao entorno do seu padrão ideológico, outra vez ignoraram liberdades, pontos de vista contraditórios à bolha e marginalizaram o genial, Djokovic. Postura puramente lacradora e oportunista, porque, agora, dois anos depois, o “antivacina” está sendo endeusado.
 

Fosse tão perigosa a sua escolha, Djokovic não teria disputado nenhuma outra competição, não estaria nos Jogos Olímpicos e já teria morrido de Covid há anos. Que lástima! Vamos em frente! #flavioazevedo

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