terça-feira, 2 de agosto de 2022

Execuções e tiros sem respostas em Rio Bonito/RJ

O assassinato do apicultor, Afonso Alves de Melo, 54 anos, na localidade de Jacundá, 2º Distrito de Rio Bonito/RJ, nas primeiras horas da manhã desse domingo (31/07), está fadado a figurar naquela prateleira vergonhosa dos crimes não resolvidos em nosso município. Segundo o registro desse caso, homens armados chegaram a propriedade da vítima, efetuaram os disparos (cerca de 10 tiros), executaram o apicultor e foram embora. O crime está presente em todas as rodas de conversa, mas o dialogo está sempre no campo da curiosidade mórbida, do mexerico, da especulação e até da maledicência.

Eu prefiro refletir a respeito de mais esse triste episódio percorrendo um caminho mais assertivo, porém, mais árido e difícil de ser trilhado: os crimes não solucionados em nosso município. É nítido que a indignação de quase todos está mais para “choramingo” que cobrança. Enquanto isso, a lista de execuções sem solução segue crescendo. Figuram nesse cenário, alguns atentados que ficaram no esquecimento. Eu sempre me pergunto se é apenas desinteresse ou existe algo mais. Não sei!

A última execução que causou comoção na cidade foi o assassinato do advogado, Francisco Augusto Gomes, o popular Branco, morto junto da esposa na noite de 07/10/2021. O crime aconteceu na Colina da Primavera, também uma localidade interiorana de Rio Bonito. esperávamos que aquela execução não ficasse no esquecimento, mas foi exatamente o que aconteceu.

Quem não se lembra da comoção provocada pelo assassinato do empresário, Américo Branco? O crime aconteceu no Centro da cidade, no início da tarde de uma segunda-feira (23/05/2011). Teve comoção, passeata, mobilização, trio elétrico, falatório, reunião de Conselho Comunitário de Segurança com presença de autoridades importantes da Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro... Passados 11 anos, o crime segue sem solução e respostas.

Ao longo dos meus 47 anos, a única execução que me parece ter sido solucionada foi o caso do milionário Renné Sena, assassinado em Lavras, numa tarde de domingo (08/01/2007). A viúva, Adriana Almeida; foi acusada de ser a mandante do crime, numa trama que envolveu ainda ex-seguranças da vítima (executores). Curiosamente foi essa a única execução que ganhou repercussão nacional e interesse da grande mídia em todos os seus desdobramentos.
As demais execuções ocorreram num tempo em que eu não estava no jornalismo, por isso, eu me lembro dos episódios, mas sem riqueza de detalhes. Tem o assassinato de Alberto da Garagem de Bicicleta, bom sujeito, amigo do meu pai. Crime sem solução. Quem não se lembra do assassinato da comerciante sírio libanesa, Sinhorinha? Esse crime, por exemplo, o disse me disse interiorano tomou conta do caso, mas nada de respostas oficiais. Quando eu era adolescente, um rapaz chamado Alcir, filho de um comerciante do município, foi morto no antigo “trevo da Praça Cruzeiro”. Crime sem respostas.

Entre os “atentados” o caso mais emblemático teve como vitima o então prefeito da cidade, José Luiz Alves Antunes; que exercia seu segundo mandato. O crime, que completou 16 anos, nessa segunda-feira (01/08), despertou algum interesse da grande mídia. Meses depois do atentado dois “ladrões de galinha” foram presos e apresentados como autores dos disparos, mas nunca tivemos qualquer esclarecimento a respeito de mandantes, contratantes dos tais “ladrões de galinha”, motivação etc.

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