Flávio
Azevedo
Quem viveu
os anos 170 assistiu “Estúpido Cupido” e se lembra de Maria Tereza Muniz, uma
jovem que sonhava ser Miss Brasil. A história, contada em 160 capítulos, era
assinada por Mario Prata e acabou entrando para história da teledramaturgia brasileira
pelo sucesso de audiência e por ter sido a última produção em preto e branco da
TV Globo (os dois últimos capítulos foram em cor). Se você não lembra ou não
era nascido na década de 70, a trama está em cartaz no Imperator, no Centro
Cultural João Nogueira, no Meier, e traz no elenco a atriz Françoise Forton,
que viveu a Maria Tereza, a Tetê, em 1976.
A trama é
totalmente diferente, foi montada como musical e diverte o público nos 90
minutos de espetáculo. A trilha sonora é um espetáculo a parte. O público é
embalado por canções como “Banho de lua”, “Lacinhos cor de rosa”, “Tetê”,
“Broto Legal”, “Biquíni de bolinha amarelinha”, entre outros. Com 11 atores no
elenco, 16 coreografias inspiradas no twist e em outros ritmos daquele tempo,
“Estúpido cupido” não abandona o clima de comédia romântica, uma das marcas da
trama na TV.
Meu momento tiete juto dos atores do espetáculo. Ao lado de Françoise Fourton, a minha esposa. |
Com texto
assinado por Flavio Marinho, a peça mantém o clima ingênuo que dominava a
telenovela e “aqueles tempos”. A história se passa no século XXI. Tetê
(Françoise Forton), ex-miss, transformou-se em uma atriz famosa e apresentadora
de programa de TV. Por insistência da melhor amiga da escola, Ana Maria
(Clarisse Derzié Luz), aceita ir a um reencontro da turma de colégio. A festa é
temática: anos 1960 e 70. Tetê então reencontra a rival Wanda (Sheila Matos), o
ex-marido Frankie (Aloísio) e uma antiga paixão, Teddy (Bonow) que chega de
lambreta, acompanhado de sua jovem namorada de 21 anos, Danielli (Carla Diaz).
Desfilam no
palco os tipos bom moço, bad boy de casaco de couro, a bad
girl e as mocinhas comportadas, numa mistura de elementos que remetem
a filmes como “Juventude transviada” (1955) e “Grease — Nos tempos da
brilhantina” (1978).
O recurso
dramatúrgico da festa de colégio funciona como um túnel do tempo, em que os personagens
voltam ao passado, ainda que emocionalmente. Em cena, há uma realidade
espelhada, com os personagens refletidos como eram na juventude. Apenas Carla
Diaz, que vive Danielli, a namorada do gostosão Teddy, não tem um duplo, porque
não viveu aquele momento que os outros revisitam. Segundo Marinho, ela é o
próprio convidado bem trapalhão, numa referência ao filme de 1968 estrelado
Peter Sellers em que o ator faz misérias em uma festa para a qual foi convidado
por engano.
Fonte: O Globo
Serviço:
Estúpido Cupido
Temporada: 14 de agosto a 20 de setembro,
sextas e sábados às 21h e domingos às 19h30
Local: Imperator - Centro Cultural João
Nogueira - Rua Dias da Cruz, nº 170 - Méier
Ingressos:
Sextas: balcão e plateia sentada R$ 40
(inteira) e R$ 20 (meia)
Sábados e domingos: Balcão R$ 40 (inteira) e R$ 20
(meia) / plateia sentada R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia)
Classificação etária: 10 anos
Maiores informações: (21) 2596-1090
Fonte: O Globo
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