Flávio Azevedo
Quando me preparava para ser técnico
de enfermagem, eu estudei uma matéria chamada Psiquiatria. Entre muitas doenças
e transtornos mentais, nós aprendemos sobre os psicopatas. Há quem relacione o
termo “psico” a ´palavra grega “psique”, usado para falar sobre alma e
espírito. Já o termo “pata” deriva de “patia” que significa “mórbido”,
“padecimento”, “moléstia”. O psicopata (espírito doente) tem marcas muito
próprias: desvio de caráter, ausência de sentimentos, frieza, insensibilidade
aos sentimentos alheios, manipulação, narcisismo, egocentrismo, falta de
remorso e/ou culpa para atos cruéis e inflexibilidade diante de castigos e
punições.
A Psiquiatria
aponta que os psicopatas geralmente são do sexo masculino, mas a doença também
atinge as mulheres. A favor do psicopata está o fato de que a sociedade entende
a postura antissocial como o principal sintoma do psicopata, o que não é
verdade. Disfunções cerebrais (biológicas) ou traumas; predisposição genética;
e experiências mal resolvidas (sobretudo na infância); são as origens da doença.
Nos homens, o transtorno é sempre mais evidente que nas mulheres, que por serem
indivíduos mais passivos e discretos, a doença acaba passando despercebida.
O cinema e
a ficção se encarregaram de confundir ainda mais o entendimento popular sobre
os psicopatas, que sempre são associados ao temido “serial killers”. Curiosamente, os estudiosos da Psiquiatria afirmam que
um número muito pequeno de psicopatas manifesta comportamento violento e/ou
assassino. Mas todos eles são manipuladores, fingem ter sentimentos genuínos em
relação às pessoas, conquistam com facilidade a simpatia dos outros e, por
vezes, alcançam cargos relevantes onde
exercem poder. Os psicopatas também são impulsivos e destemidos,
características que os impede de ouvir conselhos e refletir sobre os seus atos
condenáveis.
A história
humana está repleta de psicopatas, entre eles podemos destacar Herodes, Nero,
Calígula, Hitler, entre outros. Com o advento das novas tecnologias, os
psicopatas encontraram novas formas de atormentar suas vitimar pessoas. O
escritor, poeta, filósofo e professor, Heribaldo de Assis; comenta que eles se
apropriam das ferramentas de comunicação, do espaço virtual (internet), para
cometer diversos crimes e “Bulliyng Virtual”.
Ainda
segundo Heribaldo, entre as manifestações do psicopata estão “fazer print de
conversa alheia para expor”; “se apropriar de fotos intimas das pessoas e torná-las
públicas”; e “manipular seguidores virtuais para que eles cometam crimes e persigam
pessoas”. O escritor destaca o risco que consiste proteger os psicopatas e
destaca que essas pessoas devem ser enxergadas como doentes e não como pessoas
admiráveis e exemplo a serem seguidos. Ele acrescenta que “o psicopata deve ser
identificado e tratado, para o bem da sociedade, para o bem da humanidade e
para o bem da paz”.
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