Denilson Santos
O debate sobre a
qualidade dos serviços prestados pela Ampla teve um dos seus principais
capítulos em fevereiro deste ano, quando a prefeita Solange Almeida, em reunião
na sede da Ordem dos Advogados do Brasil de Rio Bonito(OAB-RB), propôs entrar
com uma Ação Civil Publica contra a concessionária. Os motivos alegados por ela
foram os mesmos apresentados durante essa audiência pública: os prejuízos
causados a moradores provocados pelas constantes interrupções no fornecimento
de energia elétrica, que chegam a durar vários dias em algumas localidades.
Outro problema
apresentado pela prefeita é o fato da concessionária não possuir uma equipe
móvel de plantão e um escritório no município para receber reclamações e
solicitações de serviços, obrigando os moradores da cidade a se deslocarem para
outros municípios, como Itaboraí e São Gonçalo, para serem atendidas. “É
preciso que Ampla fiscalize melhor a execução dos serviços que são prestados em
Rio Bonito, pois a qualidade está muito abaixo do esperado. Quando a empresa
tinha menor condição de trabalho e menor arrecadação, dispunha de uma equipe
fixa que atendia melhor o município. O nosso questionamento é que agora que a
população cresceu e, consequentemente, houve o amento do serviço e da
arrecadação o serviço piorou”, questiona a prefeita.
O vilão são as árvores
O Gerente de
Relações Institucionais da Ampla disse que não existe um problema de falta de
energia no país e, muito menos, no Rio de Janeiro. Segundo ele, o que existe é
problema na distribuição, que pode está estrangulada, ou a rede não ter
condições de receber essa carga.
– A maioria dos
apagões que acontecem em Rio Bonito é ocasionada pelo contato das árvores com a
rede elétrica, ocasionando curtos circuitos e desarmes dos transformadores.
Investimos cerca de R$ 2 milhões na poda das arvores, mas ainda não conseguimos
resultados satisfatórios para conter esse problema – afirmou o gerente da
Ampla.
Em Relação as
equipes, Guilherme Brasil explicou que nenhum município tem equipe fixa, muito
menos Rio Bonito. “Nós temos treze equipes móveis para os atendimentos
prioritários e cinco caminhões de grande porte, que se movimentam através de
uma Central que atendem aos chamados de quatro municípios: São Gonçalo,
Itaboraí, Tanguá e Rio Bonito”, explica.
Bairros serão beneficiados
O Gerente de
Relações Institucionais (na foto com o microfone) afirmou que a forma de resolver o problema dos apagões
é investir em tecnologia e mudar a topologia da rede, com a instalação de novos
postes e transformadores, colocando uma rede que conviva melhor com as árvores.
Para isso, ele anunciou um investimento de R$ 5,3 milhões em seis bairros de
Rio Bonito.
– Vamos investir
cerca de R$ 5,3 milhões na rede automatizada, que convive melhor com as
arvores, que irão favorecer prioritariamente os bairros do Ipê, boqueirão,
Serra do Sambe, estrada da posse, parque Andrea e nova cidade. Essas obras
garantirão uma melhor qualidade na distribuição de energia e acabará com cerca
de 80% das interrupções no fornecimento – garante.
Diante de tantos
questionamentos feitos pelas autoridades presentes na audiência pública,
Guilherme Brasil, pediu um prazo de 90 dias para analisar tudo que foi
apresentado durante a reunião. No final desse período, outra audiência será
realizada para a que a Ampla apresente as soluções desses problemas e já faça
um balanço do que foi melhorado na prestação de serviço da empresa ao
riobonitense.
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