Flávio Azevedo
Por cerca de uma hora o secretário prestou esclarecimentos aos vereadores. |
O secretário de Obras e Serviços
Públicos de Rio Bonito, Flávio Soares, participou da sessão Legislativa do
último dia 1º de agosto, para prestar esclarecimentos sobre a prestação de serviços
como iluminação pública, coleta de lixo, limpeza urbana, entre outros temas que
tem sido alvo de críticas da população. O presidente da casa, vereador
Reginaldo Dutra, o Reis (PMDB), abriu os trabalhos comentando que a convocação
do secretário não era nada pessoal, que o poder Legislativo não é oposição ao
Executivo, “mas o povo está cobrando uma atitude dessa Casa em relação a
determinados assuntos e precisamos dar uma resposta, já que realmente existe
deficiência na prestação de alguns serviços”.
O primeiro vereador a se pronunciar
foi Edilon de Souza Ferreira, o Dilon de Boa Esperança (PRB), que fez inúmeros
questionamentos sobre iluminação pública. Sobre o término do contrato com o
caminhão que fazia a troca de lâmpadas, o secretário afirmou que não poderia
precisar números e informou que o referido contrato foi encerrado em fevereiro
último.
– Desde o início do ano nós estamos
cobrando a normalização desse serviço secretário, mas não estamos sendo
atendidos. Já estamos no mês de agosto e as luminárias continuam apagadas.
Existe alguma maneira de ressarcir o contribuinte, já que ao longo de sete de
meses, em vários pontos do município, as lâmpadas estão apagadas e o serviço
não está sendo prestado? – disparou o vereador, que ouviu como resposta, a
explicação que a Taxa da Iluminação Pública (TIP) não é cobrada por residência,
mas chega-se a um valor que é rateado entre todos os contribuintes.
Segundo o vereador, diante da má
prestação do serviço, o contribuinte pode, inclusive, entrar na Justiça para
garantir o serviço que está sendo pago, mas não é prestado. O secretário
respondeu que esse é um direito do cidadão e se alguém se acha lesado pode
recorrer ao Ministério Público e a quem achar de direito. O vereador também
afirmou que o município arrecada R$ 180 mil por mês com a TIP. Multiplicando
esse valor por sete meses, conclui-se que o município já arrecadou cerca de R$
1,2 milhão. “O que está sendo feito com esse dinheiro? Está reservado para a
iluminação ou está sendo usado em outra coisa?”, perguntou.
O secretário afirmou que esse tema
deve ser debatido com a Secretaria de Fazenda, “porque eu não tenho informações
quanto a essa questão de valores, já que a minha função é abrir o processo, ver
a planilha orçamentária e fiscalizar a prestação do serviço pela empresa
contratada”. O vereador afirmou que em 2012, o contrato com a empresa que
prestava serviço para esse fim era de R$ 14 mil. “Hoje, o mesmo serviço custa
R$ 49 mil. O que aconteceu? Aumentou o número de postes do município?”.
O secretário explicou que não conhece
o contrato anterior a sua chegada a Secretaria, mas poderia responder pelo
contrato assinado na sua gestão, que prevê a prestação de serviços como
substituição e troca de lâmpadas, poda de árvores e a colocação de luminárias
onde não existe lâmpada.
– Não é o governo que estipula esse
valor, mas a planilha orçamentária, que é baseada na tabela EMOP. Nesse
contrato está previsto um carro de iluminação, com cesta aérea, eletricista,
ajudante, motorista, combustível, prestação de serviço diurno e noturno (são
valores diferentes); e acrescentamos a poda de árvore, um serviço que não era
executado, mas é preciso para aumentar a claridade da luminária – explicou o
secretário.
Sobre
o lixo
O secretário responde aos questionamentos ao lado do vereador Reis e Marquinhos Luanda Car. |
A exploração do lixo foi outro tema
abordado pelos vereadores. Participaram das perguntas os vereadores Aissar
Elias (PTN), Marcos da Fonseca, o Marquinhos da Luanda Car (PMDB); Reis; e
Carlos Luis Júnior, o Jubinha (PSB). A pesagem do lixo, quem verifica essa
aferição e onde está a balança que pesa o lixo recolhido foram alguns dos
questinamentos. Gerou inconformismo entre os vereadores a revelação de que não
existe um representante da Prefeitura que verifique a pesagem do lixo.
– O município paga a coleta do lixo
por tonelada. O município não sabe o peso desse lixo? A empresa diz que é “X” e
não tem ninguém da Prefeitura que acompanhe para saber se essa aferição está
realmente correta? Porque se a empresa quiser pode especificar o volume de tonelada
que quiser – comentaram os vereadores.
O secretário esclareceu que o
gerenciamento do lixo da cidade é dividido com a Secretaria Municipal de Meio
Ambiente, que tem também gerenciamento sobre os trâmites que definem os
recursos direcionados ao lixo, que depois da interdição do lixão do Mato Frio,
está sendo encaminhado para um aterro sanitário privado, em Itaboraí. Os
vereadores sugeriram ainda que a balança seja reativada, que a pesagem do lixo
seja feita em Rio Bonito, para que os parlamentares possam fiscalizar a
aferição.
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