terça-feira, 10 de agosto de 2010

A hipocrisia do NEPOTISMO!

Em todos os anos de eleições, o nepotismo é um dos principais assuntos a ser abordado pela mídia e pelas rodinhas de bate papo onde o tema é política. Mas o que é o nepotismo? É quando aquele que está no poder, na hora de contratar alguém para a função pública, valoriza mais o laço de parentesco do que o mérito e a formação técnica.

Sobre o assunto, especialistas afirmam que o nepotismo é uma prática que viola as garantias constitucionais da impessoalidade administrativa, na medida em que estabelece privilégios em função de relações de parentesco e desconsidera a capacidade técnica para o exercício do cargo público.

Eu, porém, sou da opinião que, sobre esse conceito, há controvérsias, porque alguns amigos são mais chegados que um irmão. Aliás, determinados irmãos são mais traiçoeiros que um inimigo.

Para quem não sabe, a palavra nepotismo deriva do termo “nepote”, que significa sobrinho ou favorecido do Papa. De acordo com a história, a prática do nepotismo é mais antiga do que nós imaginamos. O nepotismo surgiu na Idade Média, quando certos papas mantinham e favoreciam sobrinhos e outros parentes na administração eclesiástica. A palavra também pode ser definida como “favoritismo ou proteção dos governantes aos seus parentes”.

Eu confesso... Eu era totalmente contrário ao nepotismo, até descobrir que eu era um ferrenho nepotista. Aliás, tem muita gente que, como eu fazia, critica, condena, mas pratica o nepotismo. Em nossa cidade, por exemplo, inúmeros estabelecimentos são administrados pelos filhos dos antigos proprietários. Outros podem ainda não estar administrando, mas já trabalham com o pai.

Aliás, você e eu conhecemos várias histórias onde o filho não tem o tino empresarial e comercial do pai e a consequência já sabemos: os negócios da família são totalmente dilapidados e o herdeiro acaba ficando na ‘banca rota’. Às vezes, o patrimônio construído é tão sólido, que o filho não dá conta de destruir, mas o neto, esse sim, consome tudo, até o último centavo. Penso que se o patriarca soubesse – às vezes ele sabe, mas finge não saber – o destino que os herdeiros dariam a sua fortuna, certamente ele deixaria os seus bens em mãos mais competentes.

Sobre o tema nepotismo, inúmeros políticos fazem discursos acalorados contra essa prática, mas quando vamos investigar a sua vida particular ou pregressa, os seus bens, estão todos em nome de um familiar. Já viram isso? Alguns, porém, são mais sinceros! Eles defendem que num mundo onde não se pode confiar em ninguém, a única pessoa, que, às vezes, são dignas de confiança, é um parente.

Por exemplo, recentemente, quando eu decidi criar o jornal O Tempo em Rio Bonito, eu convidei o meu irmão para ser o meu sócio. Ele é o diagramador e chargista do jornal, mas eu escolhi o meu irmão. Portanto, vamos deixar a hipocrisia de lado e parar de reclamar do nepotismo na administração pública, porque no fundo, no fundo, e no raso também, todos nós somos nepotistas!

Só para lembrar, em 18 de outubro de 2005, o Conselho Nacional de Justiça editou a Resolução nº 07, banindo definitivamente o nepotismo do Poder Judiciário brasileiro. A norma especifica os casos em que o favorecimento de parentes na nomeação para cargos de provimento em comissão ou função gratificada representam nepotismo, salvaguardando situações nas quais o exercício de cargos públicos por servidores em situação de parentesco não viola a impessoalidade administrativa, seja pela realização de concurso público, seja pela configuração temporal das nomeações dos servidores.

Fica, porém, uma pergunta: resolveu? Parece que não, porque surgiu o nepotismo ‘camuflado ou trocado’, onde os detentores do poder trocam a contratação de parentes. O meu familiar é contratado por um amigo de outra cidade, eu contrato o parente do meu amigo da outra cidade, e todos ficam felizes. Mas e se alguém reclamar? Simples, nós dividimos alguma coisinha com o reclamante e ele fica bem quietinho! Que beleza!

O futebol riobonitense e suas mazelas!

Por Flávio Azevedo

A minha experiência como jornalista esportivo é bem recente! Apesar de estar na equipe do jornal FOLHA DA TERRA desde 2005, onde comecei agenciando os espaços de publicidade, quando eu comecei escrever, as coberturas esportivas não me atraíam. Eu preferia que elas ficassem por conta do meu amigo e jornalista Guilherme Duarte. Até que em abril de 2008, quando eu comecei apresentar o programa “O Tempo em Rio Bonito”, pela rádio Sambê FM (98,7), como a nossa proposta era abordar todos os setores da sociedade riobonitense, o esporte não poderia ficar de fora.

Na verdade, logo que eu comecei transitar no setor, na esperança de me atrair para este ou aquele lado, os grupos que dominam a área esportiva do município me revelaram fatos, às vezes, esdrúxulos, às vezes, pitorescos. Ouvi foi história! Algumas enobrecem e enaltecem o esporte doméstico. Outras, porém, a maior parte delas, me deixou muito envergonhado! Aliás, estas narrativas – as coisas feias, é claro, – me levaram a perceber quem seriam os culpados pelo nosso esporte, sobretudo o futebol, estar no fundo do poço.

Não sabemos se o amigo eleitor sabe, mas os especialistas e palpiteiros são unânimes: “um dos problemas do futebol de Rio Bonito é a relação conflituosa entre a Liga Rio Bonitense de Desportos (LRD) e a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Semel), que deveriam gerenciar o desporto, juntos, sem vaidades e sem permitir que a política partidária interferisse nas decisões de interesse do setor. Contudo, penso que as diferenças entre LRD e Semel, que realmente são reais, são utilizadas como cortina de fumaça para esconder a cabeça dura dos dirigentes locais, que administram o desporto e, às vezes, os seus clubes, olhando para os seus próprios umbigos.

Muitos desses dirigentes esquecem que eles são responsáveis por um setor, que se bem administrado, pode diminuir o crescimento de um dos negócios mais rentáveis da nossa região: o comércio de drogas e as bocas de fumo. Na posse dos conselheiros tutelares, que ocorreu em janeiro de 2009, o padre Eduardo Braga, convidado para dar alguns aconselhamentos para os conselheiros, destacou que as nossas crianças estão expostas ao alcoolismo, as drogas, e essa realidade precisa ser mudada.

Quanto a exposição dos menores, o pároco está coberto de razão. É bom ressaltar, porém, que grande parte das quadras e áreas de lazer dos bairros, quando estão abertas, não oferecem professores de educação física ou recreadores para trabalhar com a população. Isso contribui para que estas quadras sejam utilizadas, inclusive, em algumas comunidades, como ponto de venda de entorpecentes e/ou local para utilização de drogas.

Mas surgiu, nas últimas semanas, uma luz no fim do túnel! É que finalmente reinou o bom senso, e o secretário municipal de Esporte e Lazer, Ronen Antunes, e os dirigentes da LRD, Faiça Abrahão e Renato Melo, chegaram a um acordo de cooperação, e, a contra gosto de alguns, vão realizar a Copa Rio Bonito de Futebol Sub-17. Os jogos serão disputados nos estádios José Alves Ventura, no Rio Bonito Atlético Clube (RBAC) e Alfonso Martinez, no Cruzeiro, sempre nos fins de semana. A competição começa no próximo dia 8 de agosto e oito equipes confirmaram presença no campeonato.

As equipes são Rio Bonito Atlético Clube, agremiação esportiva de muita tradição no município; o Nova Cidade, que representa uma localidade do 2º Distrito, extremamente carente de atenção do poder público, e sempre exposta a criminalidade; o Esperança, um clube também de muita tradição, localizado no 2º Distrito, também exposto ao tráfico de drogas, e o Corinthians, agreiação sediado em Palmital, uma localidade onde as pessoas se identificam mais com Saquarema do que com Rio Bonito.

Também participam da competição, o Cruzeiro, um dos clubes de bairro mais tradicionais de Rio Bonito. Aliás, a Praça Cruzeiro, onde a agremiação está inserida, foi apontada pelo padre Eduardo Braga, como alvo do tráfico de drogas. Ainda participam da competição, o Hermano Ramos, que representa a localidade do Sambê, bairro distante do Centro, e, às vezes, esquecido; o Amigos do Monteiro Lobato, outra localidade onde o tráfico de drogas, apesar da atuação da polícia, persiste em continuar; e o Unidos da Galera, que representa a Serra do Sambê, onde a situação não é diferente das demais localidades.

Por esse motivo, nós parabenizamos a LRD, a Semel, os clubes, e fazemos um pedido aos partidários políticos e puxa sacos: “pelo amor de Deus, não atrapalhem esta parceria, que começa promissora e, certamente, é fundamental para a ressurreição do futebol riobonitense”.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Violência no trânsito e nos gabinetes

Rio de Janeiro – Jornal O Dia: Três pessoas foram atropeladas, no início da noite desta quarta-feira (21), em um ponto de ônibus na pista sentido Lagoa da Autoestrada Lagoa-Barra, em São Conrado, Zona Sul do Rio. De acordo com a polícia, uma das vítimas foi um idoso, que não resistiu aos ferimentos e morreu. Os outros dois feridos foram socorridos por bombeiros no local e encaminhados para o Hospital Miguel Couto, na Gávea. O acidente, segundo a polícia, foi causado por um motorista que perdeu o controle do veículo e acertou o ponto de ônibus. Ele ainda não foi identificado.

São Gonçalo – Jornal O Fluminense: Um idoso de 67 anos morreu após ser atropelado por um veículo de passeio na Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106), próximo ao posto do Batalhão de Polícia de Trânsito Rodoviário e Urbano (BPRv) da Polícia Militar, em Tribobó, SG, por voltas das 16h desta quarta-feira (21). O acidente ocorreu na pista sentido Niterói.

De acordo com o BPRv, Dilson Batista de Sá foi atingido por um Chevrolet Omega, de placa JFO-7030 (Rio de Janeiro), e morreu na hora. O motorista do carro, identificado como Adriano Dias da Silva, de 26 anos, fraturou o punho direito devido ao choque. Ele foi socorrido e encaminhado para o Hospital Estadual Alberto Torres, no Colubandê. Ainda segundo a polícia, a via ficou parcialmente interditada por cerca de uma hora, causando grande congestionamento na região. O caso foi registrado na 73ª DP (Neves).

Rio de Janeiro – Site G1: Um racha entre dois carros num túnel interditado no Rio, que acabou com a morte de um rapaz de 18 anos. A vítima, filho da atriz Cissa Guimarães, estava no túnel andando de skate com amigos, e foi atropelado na madrugada de segunda para terça-feira, 20. Em depoimento, os jovens negaram que participavam de um pega.

Rio Bonito – Jornal FOLHA DA TERRA: O falecimento da aposentada Albertina Guimarães Antunes, 83 anos, vítima de um atropelamento na Rua Dr. Mattos, próximo a Padaria Rosa de Ouro (Centro), na tarde da última terça-feira (15 de junho), por volta das 18h, encheu o riobonitense de preocupação e indignação com o comportamento de algumas pessoas que saem às ruas para comemorar a vitória da Seleção Brasileira e até do time do seu coração. A aposentada foi atropelada por uma moto que trafegava em alta velocidade, com um casal que fugiu do local sem prestar socorro.

Já no bairro Boqueirão, uma colisão entre dois automóveis, após o jogo do Brasil, vitimou Leandro Rangel da Costa, 28 anos, que foi levado ao Hospital Regional Darcy Vargas (HRDV), onde chegou com traumatismo raquimedular (lesão na coluna cervical). Na manhã da última quinta-feira (17 de junho), Leandro foi transferido para o Hospital Estadual Azevedo Lima (HEAL), de Niterói. Segundo testemunhas, o carro foi atingido na traseira por um motorista que estaria bêbado, que também teria sido atendido na emergência do HRDV e liberado em seguida.

A violência no trânsito e a falta de cordialidade dos motoristas, motociclistas, ciclistas e, às vezes, até do pedestre, não pode mais ser olhado como se não existisse. Aliás, o objetivo de elencar as notícias acima tem como objetivo, mostrar ao amigo leitor, que embora alguns não queiram admitir, a loucura da cidade grande já se instalou em Rio Bonito.

Enquanto aqueles que deveriam buscar soluções para a violência dão contornos políticos aos debates e discussões, os demais setores da sociedade acompanham – ou não – as indefinições e incertezas, como se nada estivesse acontecendo. A criação do cargo de Agentes de Trânsito, por exemplo, tema que se transformou numa novela, só acontece porque a sociedade civil organizada, na figura das suas instituições, por desinteresse ou desconfiança, não participa dos debates relacionados ao assunto. Por outro lado, penso que a ausência do poder Judiciário na mesa de discussões contribui para que nada aconteça.

Porém, nós também gostaríamos destacar o comportamento de adolescentes e jovens. Mimados por pais irresponsáveis e inconsequentes, eles transitam com os seus carros e suas motos – presentes que pretendem compensar a flagrante falta de atenção e diálogo – como se fossem inatingíveis. Indivíduos que aprenderam a valorizar mais o ‘ter’ do que o ‘ser’. Às vezes, crianças de 11, 12, 13 anos, dirigem máquinas letais para o próprio condutor. E como resolver esse problema? Simples, trabalhando, discutindo e, principalmente participando, mas tudo sem partidarismo politicagem.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

As lições do caso Bruno


A nação brasileira continua estarrecida com a crueldade dos responsáveis pela suposta morte de Elisa Samudio. Quando J., menor envolvido no seqüestro da jovem, revelou à polícia, os detalhes da execução, eu achava que alguma coisa não encaixava na história. Esquartejar... Descarnar... Jogar as carnes para os cães e... Concretar os ossos da vítima... Tudo isso por causa de uma Pensão Alimentícia? Era muito estranho, porque, segundo especialistas, mortes violentas acontece quando as partes estão envolvidas em outras discussões ou ‘negócios’.

Até que esta semana, a Rede Record de televisão trouxe informações que confirmam as minhas impressões. A Polícia Civil de Minas Gerais investiga uma segunda motivação para o crime. Eliza teria descoberto um suposto esquema de tráfico de drogas comandado por Macarrão (braço-direto de Bruno). E ela estaria pressionando Macarrão a negociar com Bruno a realização de um exame de DNA. Caso contrário, ela iria à imprensa denunciar a história.

O esquema de tráfico de drogas que seria comandado por Macarrão funcionaria em morros do Rio de Janeiro e na Região Metropolitana de Belo Horizonte, principalmente em Ribeirão das Neves e Vespasiano. Ainda de acordo com a polícia, um traficante que teria recebido R$ 70 mil para dar um fim aos restos mortais de Eliza trabalharia para Macarrão. A polícia está com o notebook de Eliza e rastreia informações que possam relacionar o crime a uma vingança ou queima de arquivo.

Sobre isso, penso que a grande mídia está perdendo a oportunidade de trazer a baila um assunto polêmico, mas que precisa ser discutido sem falso moralismo: a legalização das drogas. Na edição de maio, a revista Caros Amigos publicou uma matéria assinada pelo jornalista Julio Delmanto sobre o tema.

Segundo ele, os interesses por trás desse combate são escusos e sem preocupação com a saúde do usuário. Ele diz também, que a resposta militar e penal do uso de algumas drogas – álcool e cigarros são drogas utilizadas livremente – não ajuda no tratamento do uso abusivo de psicoativos e serve apenas para aumentar a violência, a corrupção, a criminalização da pobreza, e o mais importante, é o álibi perfeito para o Estados Unidos violar a soberania nacional de outros países.

Sobre este debate no Brasil, o antropólogo e cientista político Luiz Eduardo Soares, ex-secretário nacional de Segurança Pública, tem uma visão pessimista: “o que predomina é preconceito, conservadorismo, estigmas e a pasmaceira de sempre, ante a máquina feroz de morte e irracionalidade da política vigente, que criminaliza os jovens pobres e negros, estimula a corrupção policial, o domínio territorial pelo tráfico e o comércio ilegal de armas”.

O termo “war on drugs” (guerra às drogas) foi utilizado pela primeira vez por Richard Nixon, que identificou as substâncias psicoativas ilícitas como o “principal inimigo” de seu país. A partir de então, o suposto combate à produção, distribuição, comércio e consumo de drogas em escala global foi um dos principais alicerces da política externa estadunidense. Segundo Wálter Maierovitch, juiz de direito aposentado e secretário nacional antidrogas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o combate às drogas assume assim duplo papel: de repressão interna e de intervenção geopolítica externa.

A Secretária-geral do Instituto Carioca de Criminologia (ICC), Vera Malaguti Batista explica que “com o fim das ditaduras militares, a construção da guerra contra as drogas como política para a América Latina manteve o aparato de controle social, manejado a partir do proibicionismo (de drogas) norte-americano. A demonização da coca e da maconha, por exemplo, produziu a manutenção dos convênios e das missões militares americanas no continente”.

Malaguti destaca também, que as medidas neoliberais propagadas a partir do chamado Consenso de Washington trouxeram “devastação social” ao continente na década de 80, levando camponeses e trabalhadores urbanos cada vez mais pobres a se engajarem na produção e no comércio varejista das substâncias ilícitas.

Números que devem ser pensados: 66,5% dos presos no Rio de Janeiro são negros. No Estados Unidos, um em cada três negros com idade entre 18 e 35 anos, está preso ou sob condicional. São 6,5 milhões de detentos no país, o que não o impede de ser o maior produtor mundial de maconha, e o país de maior número de consumidores de drogas ilícitas do planeta.

sábado, 10 de julho de 2010

E que se passa na nossa cabeça?

No dia 25 de junho de 2009, o rei do Pop, Michael Jackson, deixou uma lacuna no coração dos seus fãs e admiradores. O garoto negro que fez fama e fortuna, mas nunca conseguiu encontrar a felicidade, morreu, apesar de afrodescendente, com a cor da pele tão branca quanto qualquer norte americano de origem anglo-saxônica. Aliás, num país homofóbico como os Estados Unidos, a cor da pele certamente trouxe constrangimentos para o cantor, sobretudo no início da carreira.

Apesar do talento e do sucesso, Michael Jackson não teve forças para lutar e lidar com os seus medos e fraquezas – sentimentos normais a qualquer ser humano. Ele não soube usar a fama, a riqueza e um planeta jogado aos seus pés ao seu favor. Pelo contrário, passou a utilizar substâncias que dessem a ele, pelo menos por um pouco de tempo... Esconderijo. Se Gonzaguinha cantou que “viver é não ter vergonha de ser feliz”, o astro Pop era o oposto disso.

O objetivo era dormir, dormir, dormir e dormir... Por quê? Muito simples! Enquanto dormia, Michael Jackson não sentia dores e não tinha problemas. No dia 25 de junho, porém, a dose foi maior, o seu coração parou... E ele morreu. Morreu sem responder uma pergunta, que, talvez, o próprio Jackson não tivesse a resposta: “o que o rei do Pop tinha na cabeça?”.

Cerca de um ano depois da morte de Michael Jackson, em meio a uma fossa coletiva, por conta da eliminação da seleção de futebol, na Copa do Mundo, o brasileiro vê desaparecer outra celebridade. O goleiro Bruno, um dos ídolos do clube ‘mais querido do Brasil’. É lógico que existe uma grande distância entre Bruno e Michael Jackson, mas no coração do torcedor rubro-negro e daqueles que gostam de futebol... Ficou uma lacuna.

Jovem, 25 anos, com fama, dinheiro, filhos, Bruno era ator de sucesso de um dos palcos mais respeitados do mundo, o Flamengo e o Maracanã. Mas o seu castelo virou pó e a Justiça aponta o goleiro como mandante do assassinato de uma das suas amantes. Na cadeia, junto com aqueles que teriam executado o crime, o goleiro transmite uma frieza, que assusta os experimentados policiais que trabalham no caso.

A crueldade do crime, de acordo com a narrativa de um dos envolvidos, transforma em desenho animado qualquer filme de terror de Hollywood. O próprio Jason, do filme Sexta-Feira 13 parece um escoteiro, diante da crueldade dos algozes de Elisa Samudio. No caso Bruno, volta a aparecer àquela pergunta: “o que Bruno tem na cabeça?”.

A filosofia, a sociologia e até, a psiquiatria, não consegue explicar as cabeças de Bruno ou de Michael Jackson. Culpar políticos ou modelos econômicos é insuficiente. A resposta razoável que encontrei foi na velha e esquecida Bíblia. Se S. Paulo escreveu que “o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males” (1ª Timóteo 6.10), S. João também escreveu que “o mundo jaz no maligno e carece da glória de Deus” (1ª João 5.19). Isso sem falar no alerta de S. Lucas: “nos últimos dias acontecerão coisas espantosas... Homens desmaiando de terror, na expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo...” (Lucas 21.11 e 26).

O problema é que a infantilidade, o desejo e o consumismo tomaram o lugar de Deus. O relativismo, hoje, defendido por alguns líderes religiosos e até igrejas tradicionais, tem dominado as escolhas do homem. Enquanto o mundo agoniza em busca de um norte, líderes religiosos estão brigando entre si, preocupam-se apenas em arrecadar, ensaiam carreiras políticas e abandonam os valores religiosos para seguir as suas próprias e estrábicas opiniões.

No conhecido Sermão da Montanha, Jesus disse que o cristão é a luz do mundo e o sal da terra. Contudo, o cristão, seja ele do credo religioso que for, está dormindo. Observando esse cenário, o mundo faz aos cristãos, aquela pergunta feita a Michel Jackson e Bruno: “o que os cristãos têm na cabeça?”.

Penso que devemos, atendendo o conselho de Jesus, acender a nossa lâmpada e colocá-la num local bem alto para que ela possa iluminar os caminhos (S. Mateus 5.13 e 14). Acredito, ainda, que com atitudes humanas e corretas, poderíamos temperar o mundo com o sal da Justiça, da misericórdia, da paciência, e, sobretudo, do amor. Para quem vive num mundo cheio de injustiças, isso é um enorme desafio, mas o conselho de S. Paulo permanece: “a nossa luta não é contra a carne, nem contra o sangue, mas, sim, contra as hostes espirituais da maldade” (Efésios 6.12).

Pensemos nisso!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Dunga, esse não foge da ‘dividida’!


Em tempos de Copa do Mundo, nós vamos utilizar o nosso espaço para comentar a cobertura jornalística da seleção brasileira, que apesar da torcida contra de alguns, continua disputando o mundial da África do Sul. Bom, grande parte dos brasileiros não sabem, mas a negativa em dar exclusividade à ‘TV Globo’ teria originado o barraco entre o técnico Dunga e jornalistas das Organizações Globo, na coletiva que aconteceu após o jogo da Seleção Brasileira, contra a equipe da Costa do Marfim. A informação é do site do jornal o Dia.

O mau humor do treinador, durante a entrevista que se seguiu a vitória sobre os marfinenses, tinha origem na pressão da equipe de jornalismo da TV Globo, para que ele liberasse entrevistas exclusivas com alguns jogadores. O treinador já dissera NÃO em outras oportunidades e manteve a negativa em nova investida. O conteúdo das entrevistas iria ao ar no ‘Fantástico’. Nem o pedido do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, foi atendido por Dunga, que está irredutível.

O responsável pela entrevista era o jornalista Alex Escobar, alvo dos impublicáveis palavrões pronunciados pelo técnico, baixinho, no meio da coletiva. Mas os impropérios foram captados pelo sistema de som da sala de imprensa. Dunga perdeu o controle exatamente no momento que Escobar, visivelmente contrariado, comunicava a Tadeu Schmidt, a decisão do técnico. Ao ver a expressão do jornalista, Dunga interrompeu a coletiva e perguntou: “algum problema?”.

Agora, a grande novidade, que nós não podemos deixar de ressaltar, é que na gestão Dunga à frente da seleção brasileira, a TV Globo teve cassados, vários privilégios, apesar de investir milhões de dólares na cobertura da Copa, da qual é dona dos direitos de transmissão.

Na nova ‘Era Dunga’, a Globo é tratada como todos os demais veículos de imprensa brasileiros que cobrem o Mundial. Não tem acesso a treinos fechados, nem pode ter contato com os jogadores fora das tradicionais coletivas. Logo no início da Copa, para mostrar autoridade, Dunga fez Robinho pedir desculpas ao grupo de jogadores por ter quebrado o acordo na folga e falado com exclusividade à emissora.

Aliás, nas Copas anteriores, a liberdade da TV Globo nos bastidores da Seleção era ridículo. Dizemos isso, porque esse direito não era estendido aos profissionais dos demais veículos de comunicação, entre eles, o próprio Dunga, então comentarista do Bandsports. Quem não se lembra de Fátima Bernardes viajando com a delegação brasileira? E os jornalistas – só da Globo, é claro – que viajavam no avião da seleção? Você se lembra disso? Com Dunga, essa festa acabou!

Na verdade, nós concordamos que algumas exigências dificultam o trabalho das equipes de jornalismo que cobrem o dia-a-dia da seleção. Elas impedem que mídia faça o seu trabalho e o torcedor, às vezes, fica privado das notícias da seleção canarinho. Contudo, somente agora, a TV Globo, nesta Copa tratada como as demais, está considerando ‘uma grande afronta’ esse tipo de iniciativa que até então ela não conhecia. Mas... Por que não reclamava antes? Logicamente, porque as exigências e impedimentos atingiam apenas os outros veículos!

Vale lembrar, que Dunga deve ter um grande ressentimento com a mídia, sobretudo, os chatos de São Paulo, que rotularam de “Era Dunga”, aquele grupo que disputou a Copa de 1990 e caiu nas oitavas de final frente a Argentina de Maradona. No entanto, ele deu a volta por cima, e em 1994, sob o comando de Carlos Alberto Parreira foi o capitão do tetra. Aliás, por pouco, em 1998, o atual técnico não ergueu a taça de campeão, quando perdemos o título para a França, naquela partida... Bom, deixa pra lá.

O que interessa é que, bem ou mal, a seleção está avançando rumo ao título, que a cada dia vai se tornando mais palpável e real. Vamos continuar na torcida!

sábado, 26 de junho de 2010

O Petróleo é nosso... E quando vaza?

A indústria petrolífera, sem dúvida, é a mais importante do mundo e uma das bases de sustentação do capitalismo e do imperialismo estadunidense mundo a fora. Extração, armazenamento, refino, transporte e distribuição do petróleo, sem dúvida, são atividades que demandam uma série de recursos que quase sempre em nome do lucro, não são suficientes para minimizar os graves acidentes ambientais, como o que aconteceu recentemente no Golfo do México.


A plataforma Deepwater Horizon, da British Petroleum (BP), considerada uma das seguras do cenário internacional, explodiu no último dia 20 de abril e está provocando um dos maiores vazamentos de petróleo da história. A explosão abriu uma rachadura que, segundo as autoridades dos EUA e dos executivos da BP, está liberando cerca de 5 mil barris de petróleo por dia. Apesar disso, cientistas e ativistas garantem que a quantidade é muito maior. Eles falam em cerca de 70 mil barris diários, o que equivale a 11,13 milhões de litros de petróleo sendo jogado no mar.


O desastre do Golfo do México já supera o que aconteceu no dia 24 de março de 1989, com o navio petroleiro Exxon Valdez, que ao derramar a sua carga no litoral do Alasca causou danos imensos. A versão da petroleira foi que o navio bateu num recife. Na verdade, o acidente ainda não foi esclarecido. Com o rompimento do casco do navio, cerca de 11 milhões de galões de óleo foram derramados no mar, e a área atingida chegou a 1.200 Km².


Como o acidente com o Exxon Valdez aconteceu em águas remotas, onde se abrigava uma abundante e espetacular vida selvagem, os danos foram terríveis. Aliás, milhares de animais foram mortos. Cerca de 250 mil aves marinhas e 2,8 mil lontras perderam a vida. O custo da limpeza ficou em torno de US$ 2,1 bilhões. Além disso, outros milhões de dólares foram destinados a imprensa mundial para que jornais, rádios, revistas e televisões não noticiassem a história na sua dimensão real. Aliás, 20 anos depois, as áreas ao longo da costa do Alasca ainda estão contaminadas.


Essa situação nos leva a algumas reflexões em relação ao petróleo brasileiro, que tem sido assunto em todo o país, sobretudo, por causa da emenda Ibsen. Aliás, falando nessa emenda, se acontecer um desastre ambiental no litoral do Rio de Janeiro, quem vai bancar o prejuízo? Os demais estados que estão querendo surrupiar R$ 7 bilhões dos cariocas, contribuiriam para purificar as nossas águas e para devolver as perdas que por ventura ocorressem?


Embora, em sua grande maioria, os chefes de estado e das cidades, não estejam preocupados com os temas ideológicos – estão de olho em quanto podem embolsar – os acidentes mencionados anteriormente ilustram a gravidade de um tema que não é debatido pela sociedade. Aliás, para aqueles que não sabem, no caso do Rio de Janeiro, onde se situa grande parte da camada pré-sal, os royalties são uma compensação para garantir uma vida saudável às próximas gerações.


Na verdade, concordamos que os cerca de 5 mil municípios brasileiros tenham direito a uma parcela dos royalties. Porém, acreditamos que os municípios brasileiros também deveriam ter um percentual nos lucros do minério que é explorado nas minas do Pará, entre outros bens nacionais.


Porém, não dá para igualar os municípios produtores com os não produtores, simplesmente porque desastres não atingem diretamente os demais municípios. Na verdade, o litoral do produtor seria frontalmente atingido, o que o deputado Ibsen Pinheiro, certamente esqueceu. Tomara que alguém tenha bom senso e ouça o clamor do povo, que geralmente soa diferente do que dizem assessores e puxa-sacos, que como peixes pilotos em volta dos tubarões, povoam as casas Executivas, Legislativas e Judiciárias.

Comemoração, falta de educação e formação familiar!

Apesar de magra e pobre, a vitória da Seleção Brasileira de Futebol, na tarde da última terça-feira (15) deixou o brasileiro muito feliz! Vuvuzelas, cornetas, caras pintadas, buzinas e fogos de artifício, são manifestações que nos acostumamos a ver em tempos de Copa do Mundo. Ao longo dos meus 35 anos, eu me lembro de ter acompanhado oito Campeonatos Mundiais de Futebol.

Em 82, na Espanha, deu Itália; em 86, no México, a Argentina levou o caneco; já em 90, a Alemanha se sagrou campeã. Em 94, nos Estados Unidos, depois de 24 anos de espera, o Brasil conquistou o Tetra. No mundial da França, em 98, a seleção da casa ganhou a Copa – para mim de forma suspeita. Em 2002, na Ásia (Coréia e Japão), o Brasil chegou ao Penta. Em 2006, na Alemanha, o título foi para a Itália.

Em todas estas ocasiões, sobretudo quando o Brasil levou ou quase conquistou o título, as comemorações sempre foram feitas com muito barulho e entusiasmo. Até aí nada demais. Além disso, as pinturas em ruas, muros, as tradicionais bandeirinhas e outros enfeites, também são sinais que estamos em ano de Copa do Mundo. Com o objetivo de dar um apoio moral para a seleção de futebol, o país se enfeita de verde e amarelo.

Em 2010, porém, está um pouco diferente. Apesar da Prefeitura de Rio Bonito ter anunciado na última semana, que vai premiar as três ruas mais bem decoradas com os temas da Copa, as famílias parecem não estarem muito empolgadas. Lembro que em 1982, o Naranjito, mascote daquela competição, estava pintado em grande parte dos muros e fachadas, o que não vemos acontecer com o Zakumi, mascote deste ano.

Para dizer a verdade, o que chamou a minha atenção foi a quantidade de gente, que com o pretexto de estar comemorando a vitória da Seleção, saíram enlouquecidas pelas ruas da cidade! Não sabemos se é uma questão de auto-afirmação, mas, sobretudo aqueles que pilotam motos, com raríssimas exceções, são extremamente amostrados e quase sempre irresponsáveis.

Presente à reunião do Conselho Comunitário de Segurança (CCS), no último dia 19 de maio, o presidente do Hospital Regional Darcy Vargas (HRDV), Luis Gustavo Martins, disse que quando o Flamengo conquistou o Campeonato Brasileiro, ano passado, entre 15 e 21h, nove acidentados deram entrada na emergência da instituição, sendo três com traumatismo craniano e risco de morte.

Penso que a sociedade riobonitense deve ficar alerta, porque esse quadro pode se repetir com mais gravidade. Dizemos isso, porque em 2009, apenas a torcida rubro-negra comemorava. Este ano, porém, as torcidas de Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo também estão em festa. Além disso, elas estão reforçadas por aquele torcedor que não acompanha futebol, mas torce pelo Brasil.

Mas, votando a desordem, na tarde da última terça-feira, logo depois do jogo, uma senhora foi atropelada, na Rua Dr. Mattos, próximo a padaria Rosa de Ouro. A vítima foi socorrida e levada para o hospital. O atropelador, que não prestou socorro, certamente não estava ‘sozinho’! A irresponsabilidade é tanta, que vimos um casal de inconsequentes que, além de estarem sem capacete, carregavam uma criança de cerca de 1 ano numa motocicleta. Aliás, a cada dia que passa é flagrante as infrações sobre duas rodas. Por exemplo, as motos agora transportam três passageiros – e já chegamos a ver quatro.

A essas irresponsabilidades, nós podemos acrescentar a falta de desrespeito com os outros e consigo mesmo. Os estampidos produzidos pelos escapamentos, os canos de descarga serrados ou arrancados – para fazer mais barulho – e o número absurdo de crianças que pilotam motos como se elas fossem velocípedes é um sintoma de que alguma coisa está errada. Mas o que seria?

Às vezes, chegamos a pensar que somos nós os errados, mas quando conversamos com as demais pessoas concluímos que não. Na verdade, a sociedade passa por um momento delicado, porque fica muito nítido, que as autoridades, as instituições e, sobretudo a família, por descaso, covardia, desinteresse, conivência, politicagem, ou tudo isso junto, não cumprem o seu papel de direito. Fica então a pergunta: “até quando estaremos expostos a esta situação?”.

domingo, 6 de junho de 2010

Estudantes, cuidado com o Fies!

Picaretagens de pessoas físicas incomodam bastante, mas picaretagens do governo ou daqueles que deveriam defender o povo, sobretudo os menos favorecidos... Francamente, incomoda muito mais! A revista Caros Amigos de junho, edição 158, trás uma matéria sobre o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior, o famoso Fies, que é um crédito educativo do governo federal destinado aos estudantes de baixa renda que passaram no vestibular de faculdades particulares e não têm como bancar os estudos.

De acordo com a matéria, assinada pela jornalista Lúcia Rodrigues, o programa se tornou um problema na vida de milhares de estudantes brasileiros, porque a dívida acumulada com a Caixa Econômica Federal (CEF) no decorrer do curso acaba crescendo, e se torna impagável após a formatura. Aliás, em época de vestibular, nós acreditamos que esse assunto é bem oportuno!

A matéria conta a história do jornalista Edney Mota, formado pela PUC de São Paulo, em 2002, que por não conseguir saudar a dívida de R$ 9.896,39 está com o nome sujo no Serasa há cinco anos e atualmente deve R$ 49.153,70. O jornalista é de família pobre – o pai é pedreiro, a mãe, dona de casa, sofreu um derrame, e sua irmã é excepcional. Segundo ele, a dívida não foi quitada porque não conseguiu emprego depois que se formou.

Os efeitos negativos do financiamento estudantil não atingiram apenas ele. Seu irmão, o fiador da dívida, também foi atingido. A CEF pediu o bloqueio da sua conta bancária. A Justiça determinou que 30% do dinheiro que entra na conta do irmão do Edney sejam bloqueados. Além disso, o irmão também corre o risco de perder o carro, único bem que possui, para saldar parte da dívida. Essa situação gerou um problema familiar entre os irmãos.

Ainda, de acordo com a matéria, o banco não fala sobre inadimplência e não quis se manifestar sobre o assunto. Em abril, o Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp) divulgou o índice de inadimplência. O percentual teria recuado 2,74% em 2009 em relação ao ano anterior, mas atinge 23,9% dos estudantes. Na região metropolitana da capital paulista, o percentual é maior, e chega à casa dos 33,9%.

A preocupação com esse problema fez nascer um movimento social chamado Fies Justo. A advogada Daniela Pellegrini Nóbrega, líder do movimento de defesa dos direitos dos estudantes que possuem o financiamento federal, orienta os inadimplentes a entrarem com embargo de execução na Justiça. A medida, no entanto, tem apenas caráter protelatório e não afasta de vez o risco da execução da dívida. Maiores detalhes podem ser encontrados no site www.fiesjusto.com.br.

A advogada também está empenhada em demonstrar que a Caixa cobra juros indevidos dos estudantes que buscam financiamento para estudar. As novas regras que Ministério da Educação (MEC) está propondo para o novo Fies, com a expectativa de resolver problemas dessa natureza, segundo Daniela, não resolvem o problema dos estudantes.

O deputado federal gaúcho, Paulo Pimenta, defensor dos estudantes, adverte que no Brasil há mais de 43 mil fiadores com dívidas sendo executadas. “Têm casos dramáticos, em que os estudantes morreram e mesmo assim a dívida foi executada pelo banco”, denuncia. Segundo o parlamentar, a entrada do Banco do Brasil no processo de financiamento estudantil é uma alternativa. Porém, é preciso ficar de olho, porque este pode ser mais um a subtrair recursos indevidos dos brasileiros.

Na verdade, sentimos vergonha ao vermos a Caixa Econômica Federal extorquindo pobres brasileiros que estão honestamente correndo atrás de educação e qualificação! Talvez, seja por isso, que a marginalidade continua crescendo, as penitenciárias continuam cheias, e as pessoas, sobretudo as mais jovens, continuam sem oportunidade. Veja bem: vermos um banco do governo, ludibriando estudantes, que confiaram o seu futuro num financiamento social (pelo menos deveria), só nos causa estarrecimento, horror e indignação!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

O Dia dos Namorados e o namoro

Conhecemos várias versões sobre a origem do Dia dos Namorados. A primeira aponta um festejo romano chamado de ‘Lupercália’. Em Roma, Lupercus, um deus romano, era invocado para manter os lobos distantes das casas. No dia 15 de fevereiro um festival homenageava esta divindade. O festival consistia em escrever o nome das meninas em papel e colocá-los em frascos. Os rapazes escolhiam um papel e a escolhida seria a sua namorada naquele ano.

Existe outra versão para o Valentine’s Day, ou Dia de São Valentim, como o Dia dos Namorados é chamado nos EUA e Europa. Na Roma antiga estava difícil conseguir homens dispostos a servir o exército. Eles não queriam abandonar mulher e filhos para ir à guerra. Assim, o imperador Claudius II proibiu os casamentos. Apesar disso, o bispo Valentim continuou, secretamente, realizando casamentos. Mas ele foi descoberto e preso. A história diz que a filha cega do carcereiro que cuidava de Valentim visitou o bispo. Eles se apaixonaram e ela recuperou a visão. Porém, no dia 14 de fevereiro de 270 d.C, o bispo foi decapitado. No lugar onde Valentin foi martirizado, o papa Júlio I ergueu uma basílica.

O Dia dos Namorados também tem uma versão judaica. Em Israel, tornou-se o feriado das flores, porque neste dia é costume dar flores de presente a quem se ama. Na antiguidade, o casamento só era permitido dentro da própria tribo, um sistema semelhante as castas da Índia. O Feriado do Amor era celebrado com tochas e fogueiras. Hoje, em Israel, é costume enviar flores a quem se ama ou para os parentes mais íntimos. Canções românticas são tocadas nas rádios e festas celebram o 'Feriado do Amor' em todo o país.

No Brasil, a origem da data é comercial. Alguns atribuem a sua criação a uma promoção pioneira da loja Clipper, que aconteceu em São Paulo em 1948. Outros afirmam que a data foi introduzida no Brasil, em 1950, pelo publicitário João Dória, que criou um slogan: “não é só com beijos que se prova o amor”. Algumas correntes defendem que o Dia dos Namoradores brasileiro foi estabelecido no dia 12 de junho, porque era uma época de pouco movimento comercial. Outra versão aponta uma referência ao dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro, que acontece no dia 13 de Junho.

Mas afinal, o que é o namoro? A psicóloga e psicoterapeuta, Olga Inês Tessari, define o namoro como uma fase de conhecimento no qual se percebem semelhanças e diferenças que irão aproximar o casal ou fazer com que eles terminem a relação. Ela diz que na década de 50, era comum que o casal só ficasse a sós depois que se casassem, o que dificultava o conhecimento, a troca de ideias, carícias e um conhecimento mais intimo. Ela também diz que na atualidade, o namoro é mais aberto, as pessoas dormem juntas, viajam juntas e conversam mais. Segundo Tessari, este convívio mais íntimo é importante para que os casamentos sejam mais estáveis. Será?

O namoro tem preocupado algumas famílias, professores, pesquisadores, autoridades civis e eclesiásticas. O motivo dessa preocupação se baseia, por exemplo, na história relatada a este colunista por um empresário, que surpreendeu um casal de adolescentes transando atrás da sua loja. De acordo com ele, o casal não tinha mais que 15 anos, julgavam estar protegidos por um capinzal e utilizavam como colchão, os uniformes do colégio. Alguns dizem que o casalzinho estava namorando. Será?

Mas, infelizmente, esse não é um caso isolado! Recentemente, nós soubemos que numa dessas festas que rolam nas noites riobonitenses, alguém surpreendeu um casal transando. A menina era menor de idade, e questionada sobre a maneira como entrou na festa, ela esclareceu que estava acompanhada da mãe. Perguntada pela mãe, ela apontou um casal que estava a alguns metros. Ao se aproximar do casal indicado, os organizadores da festa descobriram, constrangidos que a mãe da adolescente também transava com alguém. Também neste caso, muita gente diz que mãe e filha estavam namorando. Será?

Com a palavra os especialistas, as autoridades, as famílias e, por que não, os casais.