A indústria petrolífera, sem dúvida, é a mais importante do mundo e uma das bases de sustentação do capitalismo e do imperialismo estadunidense mundo a fora. Extração, armazenamento, refino, transporte e distribuição do petróleo, sem dúvida, são atividades que demandam uma série de recursos que quase sempre em nome do lucro, não são suficientes para minimizar os graves acidentes ambientais, como o que aconteceu recentemente no Golfo do México.
A plataforma Deepwater Horizon, da British Petroleum (BP), considerada uma das seguras do cenário internacional, explodiu no último dia 20 de abril e está provocando um dos maiores vazamentos de petróleo da história. A explosão abriu uma rachadura que, segundo as autoridades dos EUA e dos executivos da BP, está liberando cerca de 5 mil barris de petróleo por dia. Apesar disso, cientistas e ativistas garantem que a quantidade é muito maior. Eles falam em cerca de 70 mil barris diários, o que equivale a 11,13 milhões de litros de petróleo sendo jogado no mar.
O desastre do Golfo do México já supera o que aconteceu no dia 24 de março de 1989, com o navio petroleiro Exxon Valdez, que ao derramar a sua carga no litoral do Alasca causou danos imensos. A versão da petroleira foi que o navio bateu num recife. Na verdade, o acidente ainda não foi esclarecido. Com o rompimento do casco do navio, cerca de 11 milhões de galões de óleo foram derramados no mar, e a área atingida chegou a 1.200 Km².
Como o acidente com o Exxon Valdez aconteceu em águas remotas, onde se abrigava uma abundante e espetacular vida selvagem, os danos foram terríveis. Aliás, milhares de animais foram mortos. Cerca de 250 mil aves marinhas e 2,8 mil lontras perderam a vida. O custo da limpeza ficou em torno de US$ 2,1 bilhões. Além disso, outros milhões de dólares foram destinados a imprensa mundial para que jornais, rádios, revistas e televisões não noticiassem a história na sua dimensão real. Aliás, 20 anos depois, as áreas ao longo da costa do Alasca ainda estão contaminadas.
Essa situação nos leva a algumas reflexões em relação ao petróleo brasileiro, que tem sido assunto em todo o país, sobretudo, por causa da emenda Ibsen. Aliás, falando nessa emenda, se acontecer um desastre ambiental no litoral do Rio de Janeiro, quem vai bancar o prejuízo? Os demais estados que estão querendo surrupiar R$ 7 bilhões dos cariocas, contribuiriam para purificar as nossas águas e para devolver as perdas que por ventura ocorressem?
Embora, em sua grande maioria, os chefes de estado e das cidades, não estejam preocupados com os temas ideológicos – estão de olho em quanto podem embolsar – os acidentes mencionados anteriormente ilustram a gravidade de um tema que não é debatido pela sociedade. Aliás, para aqueles que não sabem, no caso do Rio de Janeiro, onde se situa grande parte da camada pré-sal, os royalties são uma compensação para garantir uma vida saudável às próximas gerações.
Na verdade, concordamos que os cerca de 5 mil municípios brasileiros tenham direito a uma parcela dos royalties. Porém, acreditamos que os municípios brasileiros também deveriam ter um percentual nos lucros do minério que é explorado nas minas do Pará, entre outros bens nacionais.
Porém, não dá para igualar os municípios produtores com os não produtores, simplesmente porque desastres não atingem diretamente os demais municípios. Na verdade, o litoral do produtor seria frontalmente atingido, o que o deputado Ibsen Pinheiro, certamente esqueceu. Tomara que alguém tenha bom senso e ouça o clamor do povo, que geralmente soa diferente do que dizem assessores e puxa-sacos, que como peixes pilotos em volta dos tubarões, povoam as casas Executivas, Legislativas e Judiciárias.
É pelo risco de desastres ambientais como o ocorrido na Bahia de Guanabara a anos atrás q a Lei dos royalties do petróleo existe.
ResponderExcluirÑ podemos deixar q o Rio sofra com esse assalto!