quarta-feira, 30 de outubro de 2024

O PT não quer renovar

Em 2022 o Partido dos Trabalhadores (PT) e uma camarilha de malandros insatisfeitos com o governo Bolsonaro, num ato hollywoodiano (basta assistir o filme “Polícia Federal – A Lei é Para Todos”) descondenou Lula; para que ele se tornasse presidente do Brasil.

Quem usa o cérebro entendeu essa estratégia do PT como incapacidade de parar, pensar, se reinventar e formar novas lideranças, ou seja, colocar no jogo político personagens sem as manchas da Operação Lava Jato e revelar nomes identificados de verdade com o espectro ideológico de esquerda.

Como se não bastasse esse movimento equivocado de 2022, agora, em 2024, o Supremo Tribunal Federal (TSE), através do ministro, Gilmar Mendes; certamente influenciado por Lula, descondena o José Dirceu. A decisão é uma clara tentativa de ressuscitar o pior espantalho do PT: Zé Dirceu, a mente criminosa por trás de tudo que ‘aconteceu no verão passado’.

Apesar da derrota acachapante nas eleições municipais, segundo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha; “resultado que mantém o PT na Zona do Rebaixamento” do cenário político, as principais lideranças da sigla não estão nem aí. Como prosperou a estratégia de descondenar Lula para 2022, decidiram dobrar a meta e descondenar Zé Dirceu, que de inocente não tem nada, mas é exímio negociador e articulador político, o tornando indispensável para reeleição de Lula. Para o PT o único com capacidade e sagacidade para transitar num cenário dominado por interesseiros e malandros.

A descondenação de Zé Dirceu mostra que a estratégia de 2022 não foi uma coincidência, mas um ato deliberado e, como diria Chapolin Colorado, “friamente calculado”. A verdade é que o PT não quer buscar novas lideranças, mesmo vendo a sigla se desgastar a cada eleição e a principal estrela do partido, o presidente Lula; completar 79 anos (26/10) dando mostras claras de que o peso da idade é sim um problema.

Há quem diga que a pior coisa para um líder político é “largar o osso”. O sujeito entende a transição e a formação de novas lideranças como a confirmação de que “acabou” ou está “acabando”. O poder é inebriante. Sendo assim, o líder ignora a necessidade de oxigenar. Por vezes o entendimento é de que o cargo pertence a ele. Ou seja, a dificuldade em renovar está no campo do ciúme.

Por isso, atenção líder! Renovar não é abrir mão de ideias, ideologias, projetos e visão de mundo. Renovar é revigorar. É dividir com os mais jovens suas ideias, ideologias, projetos e visão de mundo para que tudo isso continue quando você faltar. Contudo, seja em âmbito nacional, regional ou local, é nítida a dificuldade que todos têm em desapegar.

Vamos em frente! #flavioazevedo

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