Flávio Azevedo
O vereador Humberto Belgues fala do pedido de afastamento dos secretários durante a sessão Legislativa |
Uma semana que tinha tudo para ser morta, por conta do feriado da quinta-feira (Corpus Christi), talvez tenha se tornado, em apenas dois dias, a semana mais cheia do ano em Rio Bonito. Pelo menos no ambiente político, a animação não faltou e o município ganhou ares de Brasília, onde predomina o imponderável. A agitação começou na manhã de segunda-feira (12/06), com a tumultuada visita do prefeito José Luiz Antunes (PP), ao Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Rio Bonito (Iprevirb). O objetivo do chefe do Executivo era entregar o repasse da Prefeitura, da ordem de R$ 994 mil, a direção do Instituto.
A visita, porém, descambou para o tumulto, troca de acusações e muita hostilidade entre as partes. Terminada a confusão, quem ficou a ver navios foram os aposentados e pensionistas, que além de assistir um espetáculo patético protagonizado pelo prefeito, acabaram voltando para suas casas sem saber quando irão receber os meses que estão em aberto, por conta de repasses que a Prefeitura não efetuou em 2016 (outubro, novembro e 13º salário).
A semana também foi marcada por audiências públicas, sendo duas Pré-Conferências Municipais de Saúde (Parque Andréa e Centro); uma Audiência Pública sobre os rumos da Educação, com vistas ao Plano Municipal de Educação (PNE); e a reunião do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), que acontece nessa quarta-feira (14/06), no Colégio Estadual José Matoso Maia Forte. Ao mesmo tempo estará acontecendo, na Câmara Municipal de Vereadores, a última Pré-Conferência Municipal de Saúde.
Afastamento de secretários
Os ânimos ainda estavam exaltados, o espetáculo do prefeito no Iprevirb ainda era o assunto das principais rodas de conversa pautadas pela política; e surgem dois fatos novos recheados de polêmica. Também na segunda-feira (12), na Câmara Municipal de Vereadores, um cidadão identificado como Luís Carlos Albuquerque; protocolou pedido de afastamento do secretário municipal de Ordem Pública, Márcio Aurélio Soares. O secretário é acusado pelo denunciante de abuso de autoridade, abuso de poder, assedio moral, perseguição ao servidor, intimidação, coação, negligência e despreparo para a função.
A denúncia contra Soares, como é conhecido o secretário de Ordem Pública, surpreendeu a todos que assistiam a reunião Legislativa. Simpatizantes e olheiros do poder Executivo ainda estavam com os dedos nervosos enviando mensagens de WhatsApp com essa informação, quando receberam a confirmação de uma notícia que girava nos bastidores desde a última sexta-feira (09): uma ação da Mesa Diretora da Câmara, com aval dos setes vereadores da base independente, pediu a abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que apure irregularidades no transporte de alunos do Ensino Fundamental da rede municipal de Educação; e também dos veículos utilizados para esse serviço.
Além da CPI, os vereadores também pediram o afastamento do secretário municipal de Educação, Délio César Pereira de Moraes. Segundo o pedido, contra Délio paira a suspeita de fraude a licitação; de obstrução da fiscalização legislativa; de transgressão do Código de Trânsito de Brasileiro, de utilização de veículos em desconformidade com a legislação que norteia esse serviço; motoristas sem a documentação exigida pela lei; entre outras acusações que deverão ser investigadas pela pretendida CPI.
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