Flávio Azevedo
Presidente da Câmara Municipal de Tanguá, uma das crescentes lideranças do município, eleito para o 4º mandato Legislativo, o vereador Luciano Lucio (PSDB) conversou com a nossa reportagem, na noite dessa segunda-feira (10/10), sobre temas variados dentro do contexto “balanço das eleições 2016”. Ele discorreu sobre a renovação no quadro de vereadores da Casa, que receberá 10 novos nomes (são 13 vagas); analisou as perspectivas de futuro da política tanguaense; falou sobre a reeleição do prefeito Valber Marcelo (PTB), que venceu as eleições com 11.230 votos; e fez ponderações sobre a sucessão no comando da Câmara para o biênio 2017/2018.
A primeira análise do presidente Luciano Lucio foi sobre o dia das eleições, as escolhas do cidadão tanguaense, a reeleição do chefe do Executivo; e a mudança de 70% da composição da Câmara de Vereadores. Questionado se a nova configuração da casa Legislativa se deu pelo efeito legenda ou por gosto popular, o vereador apresenta números que mostram que a renovação foi vontade da população, “porque a votação dos vereadores de mandato caiu significativamente e os novos candidatos tiveram votação expressiva, embora ao mesmo tempo a população tenha reconhecido o mandato responsável do prefeito Valber e tenham dado a ele mais quatro anos a frente da Prefeitura”.
Questionado sobre os principais desafios do prefeito Valber Carvalho e da Câmara de Vereadores no próximo mandato (2017/2020), Luciano Lucio afirma que será um ano de dificuldades, onde terá que prevalecer a politica focada na gestão, “o grande trunfo do prefeito Valber para alcançar a reeleição e a aprovação popular”. Para Luciano, por mais dois ou três anos todos os municípios brasileiros irão sentir a crise econômica que atinge o país. “Tanguá depende muito das Emendas parlamentares, muitas não vieram em 2016, certamente estarão chegando em 2017 e elas serão fundamentais para o município”, analisa.
O vereador Luciano Lucio preside a Câmara de Vereadores de Tanguá no biênio 2015 e 2016 |
A sucessão no comando da Câmara de Vereadores também foi assunto. O vereador esclarece que a sua candidatura à presidência da Casa é natural, afirmou que “vai tocar o processo com tranquilidade e sem vaidade”; afirmou que está recebendo os novos vereadores para mostrar o funcionamento da Câmara, “o que não aconteceu comigo quando eu aqui cheguei”; e faz um alerta embasado na experiência de quem está terminando o terceiro mandato e conhece o que é ser o ordenador de despesas da Câmara: “é preciso ter responsabilidade quando se comanda o poder Legislativo, porque presidir a Câmara representa pisar em ovos o tempo todo”.
A primeira gestão do prefeito é conduzida para que ele seja reeleito. O segundo mandato, porém, visa reeleger o sucessor do prefeito. É natural que os nomes apareçam e se viabilizem para ser o escolhido do prefeito. Sobre esse cenário, Luciano acredita que o nome a suceder Valber precisa vir das ruas.
– Nesse momento precisamos conciliar um governo de coalizão, precisamos seguir o trabalho proposto pelo prefeito; porque as eleições deixaram claro que o povo quer mudanças nas práticas políticas e na forma de fazer política – comenta Luciano.
Por último, o presidente da Câmara analisou a oposição e a linguagem do grupo que se opõe ao governo reeleito, derrotado em 2012 e 2016 pelo prefeito Valber. Para Luciano Lucio, a chance que o grupo “Carlos Pereira” a presença da vereadora eleita, Aline Pereira, filha do ex-prefeito, Carlos Pereira, pode ser uma oportunidade de renascimento do grupo do ex-prefeito. O vereador comenta que “Valber só não faz o seu sucessor em 2020, se a sua base se fragmentar, o que seja, talvez, o principal desafio do seu próximo mandato, sobretudo por conta do sentimento de mudança que existe no imaginário popular”, conclui Luciano, acrescentando que dificilmente a eleição de 2020 será polarizada como ocorreu esse ano.
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