Flávio Azevedo
Com o objetivo de esclarecer questões relacionadas a Lei que
fez mudanças no Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Rio
Bonito (Iprevirb) e mostrar que não existe nenhum artigo que prejudica o
funcionário público municipal, o presidente da Câmara, vereador Reginaldo
Ferreira Dutra, o Reis (PMDB), recebeu na tarde dessa terça-feira (03/05),
representantes do núcleo local do Sindicato Estadual dos Profissionais de
Educação (SEPE) e a imprensa. O presidente esclareceu que a Mensagem aprovada é
de iniciativa do poder Executivo e frisou ser uma Lei que não poderia receber
Emendas.
Os representes do SEPE criticaram a ampliação do mandato da
presidência do Iprevirb (de quatro para seis anos, prorrogável por igual
período) e também a criação do cargo de procurador. Para os servidores, a
presença de um técnico em cálculo atuarial, para atender com mais celeridade quem
desejam se aposentar e quer saber qual seria a sua remuneração na condição de
inativo seria muito mais importante.
– O Iprevirb não dispõe desse profissional e em reunião
conosco o presidente do instituto reclamou que com esse profissional poderia
atender melhor o funcionalismo – pondera uma das representantes do SEPE. O presidente
da Câmara voltou a explicar que a iniciativa da Lei era do poder Executivo e
não da Câmara de Vereadores.
Um suposto desconto previdenciário no contracheque dos inativos
também foi assunto na reunião. Segundo o presidente da Câmara, não existe
novidade nesse instrumento, que já é previsto no Estatuto que regula o Iprevirb
desde a sua fundação (2002). “O que as pessoas não sabem é que esse desconto está
previsto para o inativo que recebe remuneração superior a R$ 5 mil, ou seja, em
pouquíssimos casos, uma vez que a grande maioria tem remuneração menor que esse
valor!”, explicou Reis.
Outro desconto previsto é a polêmica incorporação da Regência
ao salário do inativo, que segundo o quadro técnico da Prefeitura e do
Iprevirb, o inativo precisa compensar esse acréscimo em cerca de 80 parcelas ou
seis anos. Representantes da categoria argumentam que já existe essa
contribuição quando ao longo dos anos que estão trabalhando e que contribuir
por outros seis anos seria contribuir duas vezes.
Também ficou muito nítido que o servidor municipal desconhece
os instrumentos que tem a função de representa-los. Ainda é mais evidente que
esse desconhecimento permite a classe política fazer manobras que interessam a patronal
e não ao servidor, que uma vez conseguindo algum tipo de benesse ou conforto,
sobretudo quando é possível incorporar um extra no minguado salário (de acordo
com esdrúxula Lei 1199), as questões coletivas são deixadas de lado em nome da
individualidade.
Na reportagem abaixo, nós conversamos com a professora Renata
Borba, uma das representantes do SEPE; e com o presidente da Câmara, vereador
Reis; que fizeram um balanço do encontro entre eles.
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