Num dos jantares do Rotary Clube de Itaboraí, onde eu sempre era recepcionado por José Vasconcellos. |
Nessa quarta-feira (18/05), nós sepultamos uma pessoa que
aprendi a admirar! José Vasconcellos Cordeiro, meu sogro. Veterinário
aposentado, ele sai de cena aos 75 anos, deixando um casal de filhos e três
netas. Conversar com Vasconcellos, como era conhecido, era sempre a certeza de
um bom papo sobre política, futebol e culinária. Rotariano e apaixonado por
essa organização, ele é um dos fundadores do Rotary da cidade de Itaboraí, onde
ocupou todos os cargos da instituição por quase 50 anos.
Vascaíno apaixonado, ele tinha como hobby a dança, gostava de
uma cerveja bem gelada e adorava futebol. Embora nunca tenha concorrido a
nenhum cargo eletivo, era um político nato e acompanhava atentamente a política
nacional. Leitor assíduo do jornal O Globo, ele sempre dizia que preferia o
noticiário impresso. Inteligente, perspicaz, era do tipo tranquilo e não dado ao
stress. Sempre que se via em meio a uma confusão, a primeira palavra que surgia
de Vasconcellos era “Caaalma!”. Era um sujeito muito educado e que sabia se
portar como poucos.
Convivi com Vasconcellos por três anos, tempo que me permitiu
conhecer um pouco da sua história. Mineiro de Visconde do Rio Branco, ele chegou
a Rio Bonito na segunda metade dos anos 60 como representante do Ministério da
Agricultura. Logo se tornou o veterinário mais importante da Região. Fazendas
de Magé até Macaé estavam sob a sua responsabilidade. Chefiou esse setor por
vários anos e ganhou o respeito de todos os pecuaristas estabelecidos no trecho
que estava sob a sua responsabilidade. Encerrou as suas atividades como
servidor federal nos anos 90.
O prestígio, o respeito e, sobretudo, o bom trânsito que
tinha em órgãos estaduais e federais foram os motivadores que levaram Vasconcellos
a ser convidado pelo amigo e então secretário municipal de Meio Ambiente de
Tanguá, Cesário Paulo Honório de Oliveira, a chefiar a Vigilância Sanitária do
recém-fundado município. Vasconcellos me contou que ele criou todos os protocolos
de funcionamento da Vigilância Sanitária de Tanguá, dizia que sempre teve
liberdade para executar as suas funções e narrava histórias interessantes sobre
as atividades que desempenhou durante os oito anos da gestão Jaílson Cardoso.
Que descanse em paz e que Deus nos dê o consolo e conforto diante
dessa perda!
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