Flávio Azevedo
Se já vivíamos as voltas com a insegurança, com ruas escuras
e entulhadas, com a precariedade da Educação e da Saúde; hoje, nós vivemos numa
cidade que mais parece Cubatão. As nossas casas estão cheias de fuligem, o
cheiro de fumaça é diário (sobretudo à noite) e vemos focos de incêndio para tudo
quanto é canto. Pessoas que convivem com síndromes alérgicas e doenças
respiratórias estão sofrendo. O único socorro vem dos nebulizadores, porque aguardar
iniciativas do poder público representa esperar eternamente, uma vez que os
incendiários e piromaníacos votam; e a classe política, conhecida pela sua frouxidão,
conta com o apoio desses desajustados!
Não há como não cobrar dos vereadores iniciativas nessa
direção. Sobretudo os integrantes da Comissão de Saúde e de Meio Ambiente, já
deveriam ter tomado a dianteira e preparar projetos que coibissem os asquerosos
incêndios. Um aperto na Secretaria de Meio Ambiente, de Saúde, na Defesa Civil,
cobrando também estrutura para esses setores também deveria estar na pauta dos
vereadores.
Entre os anos de 1997 e 2004, a atual chefe do Executivo, com
Orçamento muito menor que o atual, mantinha na Secretaria de Meio Ambiente uma
equipe chamada de “Patrulha Verde”, um organismo que foi responsável, à época,
por abafar inúmeras queimadas e incêndios florestais. Para provar que a atual “gestão
Solange” é muito pior que os dois mandatos anteriores basta olhar a Secretaria
de Meio Ambiente. Na atual administração, além dela não ter voltado com a Patrulha
Verde, ela tirou do comando da pasta o ambientalista e ativista Newton Almeida,
que foi substituído pelo advogado e ceramista Murilo Oliveira.
Outro problema que Rio Bonito enfrenta é o fato
de estar sendo gerenciado por alguém que faz ouvido de mercador para as sugestões
e se encanta com as fofocas, disse-me-disse e bajulações.
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