Teve início essa semana, em Rio Bonito
e em todo o estado do Rio, a 18ª Campanha Nacional de Vacinação contra a
Influenza. O lançamento oficial da ação, que está marcado para o próximo sábado
(30/04), Dia da Mobilização Nacional, foi antecipado no estado devido às mortes
registradas pela doença. Nessa primeira semana estão sendo vacinadas apenas as
gestantes, crianças de seis meses a quatro anos, 11 meses e 29 dias; e
pacientes portadores de doenças renais crônicas.
Além de indivíduos com 60 anos ou mais
de idade, a partir do dia 30, a vacina trivalente (H1N1, H3N2 e D) estará
disponível também para as puérperas (até 45 dias após o parto), os
trabalhadores de saúde, os povos indígenas, os grupos portadores de doenças
crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, os
adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, a
população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional.
No município, a vacinação acontece no
Hospital Municipal Manoel Loyola Júnior, de segunda à sexta-feira, das 8h às
17h e, excepcionalmente, no próximo sábado (30), das 8h às 17h, e em algumas
unidades da Estratégia Saúde da Família (ESF).
A estratégia de vacinação contra a
influenza, que segue até o dia 30/05, foi incorporada no Programa Nacional de
Imunizações em 1999, com o propósito de reduzir internações, complicações e
mortes na população alvo para a vacinação no Brasil. A influenza é uma doença
respiratória infecciosa de origem viral, que pode levar ao agravamento e ao
óbito, especialmente nos indivíduos que apresentam fatores ou condições de
risco para as complicações da infecção (crianças menores de 5 anos de idade,
gestantes, adultos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas não
transmissíveis e outras condições clínicas especiais).
Estado
diz que H1N1 ainda não preocupa
O número de casos da gripe H1N1 no
estado ainda não preocupa as autoridades de saúde. Segundo a Superintendência
de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde,
neste ano foram registrados três casos confirmados por exames laboratoriais de
H1N1 no estado. Não houve mortes causadas pela doença. Já no ano de 2015,
nenhum caso de H1N1 foi confirmado.
A secretaria de Saúde está
investigando, ainda, o caso de um mulher de 57 anos que morreu no dia 13 de
fevereiro, em Resende, no Sul do Rio de Janeiro, com suspeita de gripe H1N1. O
caso está sendo monitorado pela Secretaria de Saúde, que enviou um material ao
Laboratório Central Noel Nutels, no Rio de Janeiro. O laudo que vai confirmar a
causa da morte ainda não ficou pronto.
Todavia, nessa terça-feira (26/04), o
vereador Marcos Fernando da Fonseca, o Marquinhos Luanda, comentou que está
internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Rio Bonito um paciente com
suspeita de Gripe H1N1. “O paciente é morador de Tanguá, está aguardando
transferência para um hospital que tenha CTI com isolamento, mas se a H1N1 já
chegou no município vizinho nós precisamos ficar atentos e tomar todas as
medidas preventivas”, frisou o parlamentar.
Estratégia
No último dia 1º de abril o Ministério
da Saúde (MS) começou enviar aos estados a vacina contra influenza. A Região Sudeste
recebeu 9,9 milhões de doses. De acordo com o MS, no ano passado, a Campanha
imunizou 84,3% do público-alvo, ultrapassando a meta de vacinar 80% do público,
formado por 49,7 milhões de pessoas com maiores riscos de desenvolver
complicações causadas pela doença.
Atenção
aos Sintomas
Inicialmente, os sintomas das
infecções provocadas por H1N1, H3N2 ou influenza B são iguais, como os de uma
gripe comum – ou seja, é impossível diferenciá-las só com exame clínico, sem
testes específicos. O paciente costuma apresentar febre alta, dores pelo corpo,
dor de garganta com secreção e sensação de esgotamento. No entanto, o vírus
H1N1 é potencialmente mais perigoso do que os outros. De acordo com
especialistas, o que difere o H1N1 da gripe comum não é a intensidade dos
sintomas, e sim as complicações decorrentes da gripe, especialmente a
pneumonia. Idosos, crianças e grávidas são considerados grupos de risco.
Os especialistas em Saúde Pública
orientam sobre a importância da população se prevenir usando simples hábitos. Ao
espirrar e tossir, cobrir a boa e o nariz; lavar as mãos com frequência e
evitar ambientes fechados, sem circulação de ar, com aglomerações. Para as
pessoas que já apresentam os sintomas e têm alguma outra doença, como
complicações pulmonares, o médico pode receitar um tratamento com antiviral. Dúvidas
podem ser tiradas no Posto de Saúde mais próximo da sua casa.
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