Flávio Azevedo
O jornal Folha da Terra trás uma
notícia curiosa e triste. A história confirma um cenário perverso que há anos
está identificado, mas nunca é corrigido. A reportagem conta um trechinho da
história de Jeovani Veloso, que foi preso na última quinta-feira (18/09), por
policiais militares de Rio Bonito. Ponto para a Polícia! Todavia, chama a nossa
atenção, o fato de Jeovani ter 18 anos e já contabilizar 16 passagens pela
Polícia. Segundo a matéria, a última prisão dele foi há cerca de três meses, em
Itaboraí, por roubo de uma moto em Rio Bonito. E já estava na rua e fazendo a
mesmíssima coisa!
Como eu tenho dito – para horror de
poucos e alegria de muitos – a polícia está trabalhando, mas a Justiça, que atende
orientações de Leis redigidas pelos engravatados de Brasília (existe interesse
em manter a marginalidade atuando), está sempre devolvendo ao convívio social,
pessoas que por não gostar de trabalhar seguem nessa atividade comercial
chamada crime.
Até quando?
Eu gostaria de
ressaltar que eu não culpo o Judiciário, porque por mais que esse poder seja
problemático, ele só está seguindo a Lei que é escrita, como eu relatei anteriormente,
pelos engravatados de Brasília. Penso que enquanto a sociedade não perceber
que os pobres, os marginais e os desajustados, são olhados como máquina de
captação de voto, esses problemas não vão acabar.
É claro que ninguém
é pobre porque quer. Aliás, menos de 1% dos pobres estão na marginalidade. Mas
a vagabundagem é uma escolha e no Brasil ela é estimulada. Sim, por aqui quem é
vagabundo tem status. Tanto a vagabundagem é uma escolha, que tem muitos ricos
por aí, pessoas abastadas, estudadas e de posição social elevada, que escolhem
ser vagabundos (vejam o caso da Petrobras e da FIFA, entre outros).
Mau caratismo e
bandidagem estão na essência, já vem no DNA. Portanto, deixemos os discursos
bonitos e socialmente responsáveis de lado, porque não tem conserto. Até existe
conserto, mas só pode ser feito por Papai e Mamãe lá na primeira infância. O
problema é que Papai e Mamãe, atualmente, estão transferindo a responsabilidade,
que é deles, para o Estado, que por interesses escusos não recusa essa responsabilidade
que lhe é imposta, uma vez que essa aberração social é a possibilidade real de
amealhar votos e permanecer no poder.
Em minha opinião, a
deformidade social não corrigida na primeira infância não tem conserto, somente
solução!
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