Flávio Azevedo
A Prefeitura de Rio
Bonito inaugurou nessa segunda-feira (14/07), a Unidade de Educação Infantil
Maria Nazareth Santos Mello. O prédio, alugado, fica localizado na Rua Antenor
Marmo, nº 664, no Centro. Não há quem discorde da homenagem feita a essa importante
personagem da Educação de Rio Bonito. Também não há como criticar a criação de
uma creche, já que a própria secretária de Educação, em várias oportunidades,
afirmou que cerca de 2 mil crianças do município não tem acesso a creche. O tema
também já foi discutido nas sessões Legislativas e nos fóruns da Agenda 21.
Todavia, os festejos;
o contentamento com a conquista; e a expectativa positiva para os bairros que também
serão beneficiados com uma creche (Boqueirão, Serra do Sambê, Marajó, Cajueiros
e Parque Indiano,); infelizmente, não apaga a imagem que vemos nessa foto, que
foi feita durante uma chuva mais intensa. A casa que aparece inundada no fim da
rua é a que, hoje, recebe a creche Nazareth Mello.
Contar que a saudosa
professora de onde estiver, no seu papel de patrona da unidade, estará intercedendo
para que as chuvas não sejam tão torrenciais para não alagar a creche, nos parece
um pouco demais. Errou a Secretaria de Educação? Bem, se errou, não o fez
sozinha, porque errou também os órgãos fiscalizadores, entre eles o Conselho
Municipal de Educação, que diante desse e de outros problemas, não se manifesta
como deveria.
Vale ressaltar que,
junto da Saúde, a Educação é o maior orçamento de Rio Bonito. Sim, a pasta reúne
robustos recursos para executar as políticas públicas do setor. Contudo, por uma
série de razões pouca coisa é realizada, sobretudo no que tange a
infraestrutura, já que segundo um relatório
do Conselho que fiscaliza a utilização dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), o governo municipal destina quase a totalidade desse
recurso à folha de pagamento.
O relatório foi apresentado na Câmara
pela vereadora Rita de Cássia, que deixou uma oportuna reflexão: “quase todo o
recurso, um valor da ordem de R$ 28 milhões, está sendo direcionado à folha de pagamento. Por isso não
sobra dinheiro para fazer a manutenção das unidades escolares do município”. Ela
acrescenta: “o curioso é que apesar desse direcionamento para a folha, a falta
de professores na rede é flagrante e a categoria continua tendo baixíssima
remuneração”.
Com a
palavra, os órgãos competentes!
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