Flávio Azevedo
O ex-prefeito da cidade do Rio de Janeiro, César Maia. |
Agora escuta essa! A Procuradoria
Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (PRE/RJ) impugnou o registro da
candidatura ao senado do ex-prefeito do Rio e atual vereador César Maia (DEM). O
entendimento é que ele cometeu improbidade administrativa. De acordo com a sentença,
em seu último mandato como prefeito, César Maia usou dinheiro público para
construir uma igreja em Santa Cruz, na zona oeste do Rio. Com a condenação, ele
perdeu os direitos políticos por cinco anos. A decisão é passível de recurso.
Nas últimas semanas, o assunto em
debate foi a Marcha Para Jesus de Rio Bonito. A Prefeitura local estava prontinha
para subvencionar o evento com R$ 60 mil. Pensando nesse e em outros fatores, eu
escrevi um texto sobre o assunto, comentando, inclusive o artigo 19 da Constituição Federal (1988) que diz assim: “É VEDADO À
UNIÃO, AOS ESTADOS, AO DISTRITO FEDERAL E AOS MUNICÍPIOS: I - ESTABELECER CULTOS RELIGIOSOS OU IGREJAS,
SUBVENCIONÁ-LOS, EMBARAÇAR-LHES O FUNCIONAMENTO OU MANTER COM ELES OU SEUS
REPRESENTANTES RELAÇÕES DE DEPENDÊNCIA OU ALIANÇA, RESSALVADA, NA FORMA DA LEI,
A COLABORAÇÃO DE INTERESSE PÚBLICO”.
Será que é
tão difícil entender que eu não tenho nada contra as igrejas e denominações? Será
que é tão difícil entender que eu estava dando uma orientação que já havia,
inclusive, sido reiterada pela Procuradoria Geral do Município? Esqueceram que desde
a gestão do prefeito anterior a Procuradoria tenta fazer o chefe do poder
Executivo entender que esse tipo de ação é inconstitucional? Será que realmente
é preciso gastar R$ 60 mil numa Marcha Para Jesus?
Durante o evento, que
aconteceu no dia 21 de junho, alguém disse que “o sujeito que escreveu os
textos criticando a subvenção para a “Marcha Para Jesus” não serve sequer para
ser síndico de um prédio”. Acreditamos que essa afirmação tem como origem, a
ideia que alguns têm de que o eu serei candidato a algum cargo eletivo nas
eleições municipais de 2016 (essa expectativa se arrasta desde 2008). Se você
pensa assim eu deixo um alerta: você está perdendo seu tempo!
Está perdendo tempo
porque, realmente, eu não sirvo para ser síndico, sobretudo se o prédio em
questão for a cidade de Rio Bonito, uma construção velha, que precisa trocar
com urgência a instalação elétrica, hidráulica, o telhado, os rebocos, pisos
etc. Eu acrescento que entre as reformas urgentes desse prédio chamado Rio
Bonito, está uma atenção especial àquele setor que tem comercializado a devoção
das pessoas e faz da fé alheia um mercado próspero e muito lucrativo.
É claro que tem
muita gente bem intencionada por aí, mas esses “gente boa”, para não perder o
título de “gente boa”, preferem não ingressar nas fileiras daqueles discordam da
mercantilização que tem sido feita com o nome de Jesus. Pensemos nisso!
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