Texto: Flávio Azevedo
Fotos: Flávio Azevedo e Rafaela Cardozo
Fotos: Flávio Azevedo e Rafaela Cardozo
Junto com amigos e parte da diretoria, o presidente Paulo Moraes (camisa cinza) exibe com a mão, o "V" de vitória. |
Cento e trinta e um sócios compareceram
ao Rio Bonito Atlético Clube (RBAC) nesse sábado (20/04) para participar das
eleições que definiu a nova presidência do clube, que completa 62 anos no
próximo dia 7 de maio. Foi reeleito, o presidente Paulo Gustavo Brandão Moraes.
Dos 131 votantes, três votaram contra a reeleição e um anulou o voto. Os outros
127 votos foram favoráveis a permanência do grupo atual. De acordo com o
presidente Paulo Moraes, o fortalecimento do clube; a ampliação do quadro de
sócios; e a construção de uma piscina semi-olímpica, para o incentivo ao
desporto aquático, no clube e no município, são as principais metas da nova
diretoria.
A possibilidade de
existir uma chapa para disputar com o grupo da situação acirrou a disputa pela
presidência do RBAC. O advogado Glauco Azevedo estaria encabeçando a Chapa 2.
Muito disse me disse, troca de acusações e até cartas debaixo das portas dos
associados, com críticas a atual gestão, foram distribuídas. A questão
mobilizou a situação, a oposição, e em alguns momentos o lema do clube, “somos
todos Rio Bonito” acabou sendo deixado de lado. Segundo fontes, o grupo da
oposição não teria conseguido o número de pessoas necessário para concorrer.
Esse entendimento, porém, é contestado pelos integrantes da Chapa 2, que não
compareceram ao clube no dia de hoje.
O RBAC foi fundado em
7 de maio de 1951 com o nome de Proletário Atlético Clube. O nome atual foi
dado apenas em 17 de agosto de 1960, na presidência de Dionísio Sá Leones, um
dos principais nomes da historia do alvianil. Com o passar dos anos o RBAC cresceu,
sobretudo nos últimos 15 anos quando o clube se tornou uma das maiores entidades
esportivas e associativas da região.
Testemunha viva
O presidente Paulo Moraes acompanha a apuração. Ele recebeu 127 dos 131 votos contabilizados. |
Em entrevista a nossa reportagem no
dia 1º de agosto de 2010, o empresário Antonio Figueiredo, figura que
personifica o RBAC, narrou uma historia de superação, solidariedade, amizade,
amor e dedicação ao clube. Ele comentou nomes como José Alves Ventura, Dionísio
de Sá Leones, José Moutinho e muitos outros que contribuíram de maneira
importante para o surgimento do alvianil riobonitense. Presidente do clube em
duas ocasiões (1974/1981 e 1987/1989), Figueiredo detalhou como se deu a fundação
do RBAC.
– Não tínhamos
campo para treinar e invadimos isso aqui igual os sem terra. O problema é que o
dono apareceu e tivemos que comprar a propriedade. Mas onde arrumar dinheiro,
se éramos um bando de quebrados? O negócio estava para não acontecer, quando
surge Dionísio de Sá Leones, que arranjou o dinheiro. Mas aquele grupo
quebrado, do qual eu fazia parte, não imaginava que no futuro, o nosso sonho se
tornaria esta realidade – conta Figueiredo, enquanto olhava a estrutura do
Salão Nobre José Egger.
Concluída a contagem, o grupo pró Paulo Moraes comemora a vitória. |
Se os atuais diretores do Rio Bonito
Atlético Clube encaram com naturalidade o crescimento da agremiação e por
cautela fogem dos elogios, Antônio Figueiredo ressalta que “o clube teve a
sorte que poucas entidades têm: encontramos elementos bons que não pensam
apenas em ficar rico. São pessoas que se preocupam com o desporto e com o
município”.
Figura tradicional na diretoria do
clube, o advogado e contabilista, José Américo dos Santos, elogia o presidente
Paulo Moraes e afirma que Paulinho, como o presidente é mais conhecido, “tem grande
participação no processo de reconstrução do RBAC, pois se trata de uma pessoa
que tem muita visão, realizou muita coisa no clube e conseguiu transmitir a sua
filosofia de trabalho”, concluiu.
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