Flávio Azevedo
Na última
segunda-feira (15/04), o amigo Miguel Antônio Porciúncula Pinerua fez contato
conosco para fazer dois registros sobre o Hospital Regional Darcy Vargas (HRDV).
Primeiro ele comentou o “péssimo atendimento”, porque, segundo ele, a sua filha
deu entrada da unidade ás 11h30min (com febre) e só foi atendida às 19h. Ele
também comentou que muitas crianças esperaram tempo semelhante e reclamou,
sobretudo, do “descaso das atendentes” diante desses problemas. Mas Miguel também
fez elogios. E eles foram direcionados a pediatra Emanuele Cíntia Meireles, “por
sinal, uma excelente profissional, atendendo a todos com muito carinho”,
destacou.
Na referida
postagem, que foi feita no Facebook, nós fomos informados pelo advogado
Leonardo Martins, que faz parte da diretoria do HRDV, que a sobrecarga no
atendimento ocorreu porque a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) estava sem
pediatra. O advogado ainda pediu desculpas pelos problemas no
atendimento (demora e postura da equipe).
Diante desse
cenário, eu gostaria de destacar que há anos eu escrevo que esses contratempos
são comuns a qualquer unidade de Saúde e em qualquer governo. Também sempre
deixei claro que os problemas dessa natureza, geralmente, transcendem o poder
do prefeito e do secretário de Saúde! A culpa não é de Solange ou de Mandiocão,
e sim, de uma série de fatores econômicos e sociais do nosso país.
Contudo, quando episódios
similares aconteciam na gestão do ex-prefeito José Luiz Antunes, os puxa-sacos
da prefeita Solange Almeida, então candidata, potencializavam os tais problemas
como se fosse culpa do chefe do Executivo. Aliás, os tais bajuladores ainda
diziam que eu pretendia defender o prefeito e a secretária de Saúde. Portanto,
como a falta de médicos continua, eu fico me perguntando: “será que é justo
depositarmos essa culpa na conta da prefeita? Será que os seus puxa-sacos farão
isso?”.
Em suma: que a
Saúde comece a ser discutida com responsabilidade pelos nossos governantes e pelos
seus aspones. Que os comentários politiqueiros sejam deixados de lado e que a
necessidade da população seja pensada com decência por quem está gerenciando
essa empresa chamada Prefeitura Municipal.
É sempre bom
acrescentar ainda, que o bastidor político é habitado por desocupados que tem
como principal característica o cinismo e a hipocrisia. Eles são os principais
responsáveis pela política ser essa coisa “nojenta” que vemos aí. Contudo, para
o meu horror, todo líder político faz questão de ter essas “moscas varejeiras” em
suas equipes e para fins previsíveis e perversos. São eles:
1 – Os puxa sacos aceitam
cumprir missões de toda e qualquer natureza;
2 – Todo político entende
que ele transmite uma imagem de importante e popular, quando exibe seguidores.
Contudo, somente esse tipo de gente (mosca varejeira) se sujeita a realizar
essa atividade;
3 – O puxa-saco é treinado
para inventar estórias e espalhar boatos sobre os adversários políticos do seu
patrão, o que faz o povo ter um entendimento errado dos serviços oferecidos
pela máquina pública.
Resultado: o debate
político nunca é realizado numa esfera de razoabilidade, mas sempre dentro do
cunho partidário e politiqueiro. Que esse cenário mude, porque nós não
aguentamos mais!
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