Flávio Azevedo
Todas as vezes que eu abordo a compra de votos, que falo das reuniões onde os candidatos oferecem mundos e fundos, que sou enfático ao afirmar que o povo só quer saber de benefício individual (desconhecem o coletivo), sempre surge alguém, que deve viver no convento das irmãs carmelitas, dizendo que “isso não é verdade”.
Entretanto, há algumas horas um amigo me disse que determinado grupo político passou na rua onde ele mora, fez uma reunião na casa de alguém, e, o proprietário da tal moradia, como de praxe, alegou que iria ajudar quem o ajudasse a terminar as obras da sua ‘humilde residência’. Resultado: o material de construção já chegou. E, detalhe, a rua do infeliz é uma das piores do bairro (é a lógica do corrupto e do corruptor). Nenhum dos dois vira isso!
Sinceramente, não me incomoda essa relação promíscua, porque isso é antigo e sempre existirá. O que me deixa P... Da vida são essas malas que parecem viver entre os anjos e querubins das cortes celestiais. Gente que se recusa ver a vida como ela é!
Por outro lado, vale destacar que nessa ‘troquinha’ de favores, o voto vai para quem fez o último favor. Ou seja, o cara que bancou o emboço, não verá um voto da tal família, porque daqui alguns dias, outro grupo político passa por lá e o tal chefe de família pidão vai pedir a tinta para pintar a sua ‘humilde residência’.
Dependendo da extensão da obra, o voto ainda não irá para esse grupo. Ele pode ser destinado ao candidato que ‘contribuir’ com essa verdadeira gincana do mal com o portão ou o material de construção para o término da calçada. Ainda tem os R$ 50,00 do dia da eleição, importância que confirma a simpatia do cidadão beneficiado pelo político que só será verá depois de longos quatro anos.
segunda-feira, 18 de junho de 2012
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