Flávio Azevedo
A prefeitura de Niterói pretende dar início a mais uma etapa da implantação do Plano Municipal de Transporte e Trânsito, do arquiteto Jaime Lerner. Segundo o diário oficial do município, foi marcado para o dia 12 de julho uma concorrência pública para escolher a empresa que vai construir o Terminal Rodoviário do Largo da Batalha, cujas obras já foram iniciadas (foto).
Esse será o primeiro dos quatro terminais previstos no projeto inicial (Largo da Batalha, Piratininga, Charitas e Caramujo), que funcionarão como estações de transbordo. No caso do Largo da Batalha, o terminal ocupará o terreno ao lado do Fórum da Região Oceânica, que já passa por intervenções e cujo trecho está sendo alargado.
O sistema previsto para Niterói é baseado no Bus Rapid Transit (BRT), que começou a operar na capital na última quarta-feira, com a Transoeste. O modelo consiste na circulação de ônibus por vias expressas, chamadas linhas troncais, conectadas por estações. Outras linhas, chamadas alimentadoras, fazem o transporte dos passageiros dos bairros até as estações de transbordo, possibilitando a integração e a conclusão dos trajetos.
Enquanto isso...
... Em Rio Bonito, município que tem crescido bastante (volume de pessoas) desde que a Petrobrás anunciou a implantação do Comperj, em Itaboraí, as autoridades parecem satisfeitas com a Rodoviária Municipal Alcebíades Moraes Filho, na verdade um grande ponto de ônibus. Apesar da urgente necessidade que o município apresenta de ter uma rodoviária e do assunto figurar no plano de governo de todos os políticos que disputaram e governaram a cidade, nos últimos 30 anos, investimentos nessa direção inexistem.
Embora a implantação de terminais rodoviários seja um dos investimentos que dariam a Rio Bonito um cenário de cidade que ruma para o futuro, esse é um projeto, talvez por conta do anacronismo dos empresários que exploram o transporte público em Rio Bonito, que não consegue ser posto em prática.
A localidade geográfica de Rio Bonito, município que é cortado por rodovias importantes do nosso país (BR – 101 e RJ – 124) não é enxergada com atenção ou responsabilidade. Fica muito nítido que alguns caprichos desse ou aquele setor ainda influenciam a tomada de decisão de quem deveria governar o município para todos e não para um grupo, sobretudo quando se leva em conta a necessidade do fomento ao emprego e o estímulo a geração.
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