Flávio Azevedo - Reflexões
Sempre defendi a ideia de que o Brasil, depois de 25 anos de ditadura, acabou ficando carente de debates (as pessoas ficaram com medo de se manifestar e externar as suas opniões). Penso que a mídia tem a obrigação de fazer essas provocações, mas com inteligência e provocando a reflexão, mas os empresários do setor promovem é o entretenimento barato que apenas aliena!
Eu sempre tento provocar esse debate quando falo de todos os setores, exatamente por acreditar que quando isso acontece, nós crescemos como país e como cidadão! NÃO É O INTERESSE PELAS FUTILIDADES QUE ME INCOMODA, MAS O DESINTERESSE PELAS COISAS SÉRIAS! Só para você ter uma Ideia, em São Paulo, a famosa Parada Gay arrasta mais de um milhão de pessoas, já uma passeata contra a corrupção contou com 25 mil participantes!
Não é estranho?
Em nome de um suposto “medo de mordaça”, não existe controle (eu prefiro a palavra regulamentação) sobre os conteúdos que estão invadindo as nossas casas através da televisão. Sou contrário a qualquer tipo de censura e defendo o “Controle Remoto” como o melhor amigo do telespectador. Entretanto, a partir do momento que as emissoras abusam da liberdade e emporcalham a mente da sociedade, sobretudo das nossas crianças, precisamos pelo menos debater esse assunto. Mas em nome do “medo da mordaça”, nem o debate é promovido!
A sociedade é cínica e os políticos oportunistas! Já reparou que “maconheiro e cheirador” é sempre o filho do vizinho? O problema da falta de combate as drogas no Brasil começa em casa. O cínico cidadão se recusa a acreditar que o filho dele, junto com o tal filho do vizinho estão usando drogas! Para ele, drogado é só o filho do vizinho. E classe política amigo, não quer meter a mão nesse vespeiro, porque tem medo de perder votos, porque para resolver essa questão o cara não tem como não ser deselegante em alguns momentos. Por outro lado, há os políticos que lucram politicamente e financeiramente com esse cenário de horror!
Na busca por culpados, eu classifico esse assunto drogas da mesma maneira que classifiquei a concessão da água de Rio Bonito para a CEDAE. Não vejo inocentes. Todos os políticos da nossa cidade (atuais e antigos) têm culpa no cartório! Também faltam representatividade política e interesse. Não existe sequer um debate!
Impera o cinismo e a desfaçatez, talvez porque muitos filhos de bacana e de doadores de campanha estejam encarcerados no vício das drogas. Todo mundo sabe que o jovem é dependente químico, mas como os pais fingem não saber, os amigos também preferem fingir – na frente do amigo, claro – que desconhecem o problema.
Isso além de deixar as drogas sem controle, também impede que a questão seja encarada com seriedade e respeito. Enquanto, cinicamente, os adultos preferem não se indispor ao tratar desse “polêmico assunto” (como alguns já classificaram ao conversar sobre a questão comigo), o pobre viciado não tem acompanhamento e nenhum tipo de auxílio para se livrar vício.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
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