domingo, 23 de junho de 2024

Demissão de Fernando Diniz é uma questão de tempo

Aqui nesse espaço eu já enalteci muitas vezes as figuras de Fernando Diniz e Mario Bittencourt, respectivamente, técnico e presidente do Fluminense. Eles são responsáveis pelas principais conquistas do clube: Copa Libertadores (2023) e Recopa (2024). Esses feitos ninguém vai lhes tirar! Nessas taças estão as digitais de ambos. Além dos atletas, é claro!

Acontece que as últimas apresentações do Fluminense estão minando o respeito que o torcedor tinha pelo Fernando e pelo Mário (quem tinha, é claro!). E aqui vale uma reflexão para vida. Nem todo mundo tem facilidade para fechar ciclos, inclusive, há quem não consiga perceber que o ciclo se fechou. Penso que o ciclo de Fernando Diniz no Fluminense chegou ao fim e todos, inclusive, atletas, já perceberam. Só quem não consegue enxergar o obvio ululante é o próprio Diniz e o presidente Mário.

Em 2019, quando Fernando Diniz foi demitido, o quadro era parecido, mas o time tinha desempenho. À época, eu não concordei com a demissão. Diante do CSA, no Maracanã, partida que selou a demissão do Diniz, o Fluminense finalizou 30 vezes e o gol não saiu. Já o CSA, num único chute contra a meta tricolor, marcou o seu gol e venceu por 1x0.

Nesse domingo (23/06) o Fluminense foi derrotado pelo Flamengo. O problema não é tão somente perder para o rival, mas não ter dado nenhum chute no gol adversário. O goleiro rubro-negro, amigos, foi um mero espectador. Outra coisa que venho percebendo são as expressões do Diniz e dos atletas. Elas denunciam desesperança. As entrevistas coletivas, após cada derrota, só fazem aumentar a certeza de que a vaca foi para o brejo e, agora, está afundando.

Manter Fernando Diniz a frente do Fluminense é uma temeridade. Alguém, por favor, avise ao Mário Bittencourt, que não é hora de ser vaidoso. Ao Diniz, alguém conte porque ele chegou ao Fluminense em 2022. Ele veio substituir Abel Braga, ídolo tricolor, que ao entender não estar mais conseguindo extrair o que precisava do elenco, ele simplesmente decidiu sair. Que sujeito honrado!

Para eu voltar a respeitar o Diniz, ele precisa reconhecer que não dá mais. Contudo, o Mário Bittencourt me assusta, porque no episódio 43 do podcast “Mundo GV”, questionado a respeito dos técnicos que admira, ele elenco,  Enderson Moreira, Eduardo Barroca, Odair Hellmann, Maurício Barbieri e até os decadentes, Vanderlei Luxemburgo e Mano Menezes.
– O Futebol brasileiro tem grandes treinadores. Gosto muito do Enderson Moreira, que é excelente. Ele subiu uns quatro ou cinco times sendo campeão. Treinou grandes times da Série A. Barroca é um grande treinador, Mancini é excelente treinador. Acho o Luxemburgo um grande treinador, até hoje. Acho mesmo. O do Botafogo não é brasileiro (Rui Castro), mas é grande treinador. Acho o Barbieri excelente treinador também. O Odair é excelente, o Mano Menezes é um baita treinador – explicou Bittencourt ao Mundo GV.

É muito provável que, caso Fernando Diniz seja demitido, o presidente contrate um dos técnicos mencionados acima, profissionais que estão longe de ser melhores que o Diniz. Mas nessa altura do campeonato, com um ciclo se encerrando, está valendo. Que seja uma contratação assertiva! Vamos em frente! #flavioazevedo

 

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