segunda-feira, 25 de setembro de 2023

A conquista de Dorival Junior e o "viralatismo" quando o assunto é o técnico brasileiro

A grande virtude da vitória do São Paulo sobre o Flamengo – aqui eu falo da conquista da Copa Libertadores –, tirando a tradicional zoeira do torcedor, é o fato do título ter ficado com o treinador brasileiro, no caso Dorival Júnior. O “viralatismo” brasileiro dos últimos anos criou a ideia de que para ser bom o técnico precisa gringo. As boas campanhas dos portugueses, Jorge Jesus, no Flamengo; e Abel Ferreira, no Palmeiras; consolidou na cabeça dos tais vira-latas, a ideia de que o treinador gringo é melhor.

O torcedor em sua maioria é megalomaníaco. Uso esse termo para definir a mania de achar que só existe o seu time do coração e ignorar que do outro lado têm 11 caras que também querem ganhar, que também se prepararam e que por vezes têm mais qualidade que os atletas que defendem o meu time.

Curiosamente, essa megalomania parece ser mais acentuada na cabeça do torcedor do Flamengo. Embora para mim esse comportamento seja estranho, eu até compreendo essa postura. Todavia, diretores dos clubes não podem ser megalomaníacos. O diretor quer torcer? Vá para arquibancada. Dirigente tem que se concentrar em dirigir o clube para que seus atletas vençam e o torcedor tenha alegria.

Vamos colocar nesse pacote de “viralatismo” a imprensa esportiva, que propaga essa bobagem de que o técnico gringo é melhor que o brasileiro. Se o português Jorge Jesus deu certo, outros muitos gringos passaram pelo Flamengo e não deram certo. Os técnicos brasileiros que passaram por lá conquistaram mais coisas que o antipático argentino Jorge Sampaoli, por exemplo.

Os bons trabalhos feitos por técnicos independem da sua nacionalidade. Quem insiste nessa tese, em minha modesta opinião, não entende nada de Futebol. Parabéns Dorival Jr e que a diretoria do Flamengo abandone as bravatas! Vamos em frente! #flavioazevedo

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