quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Dalmo Henrique e a equivocada percepção do cenário político de Rio Bonito

No último dia 25/07, em São Paulo, num evento promovido pelo Partido Liberal, uma das presenças midiáticas do evento foi o ex-presidente, Jair Bolsonaro. Entre as muitas frases de efeito e falas que tinham o objetivo de colocar a grande mídia para fazer propaganda gratuita para ele, uma declaração chamou minha atenção. Segundo o presidente, as pessoas se aproximam dele e perguntam “o que você vai fazer, agora?”. Com a “sutileza” que lhe é bem peculiar, o ex-presidente revelou que a sua resposta é dada com outra pergunta: “o que você fez?”.

Fiquei refletindo sobre essa resposta do ex-presidente, pensei nos últimos acontecimentos da política nacional e me peguei refletindo a respeito do cenário político de Rio Bonito/RJ. Para felicidade de alguns e tristeza de outros, há alguns anos eu mudei o formato da minha cobertura dos acontecimentos políticos do nosso município. Há quem diga que “não foi bom”. Eu lhes asseguro que para minha saúde física e mental foi excelente.

Pensando na resposta “o que você fez?” do ex-presidente, eu me peguei refletindo no que temos feito. É comum responsabilizarmos os políticos pelas mazelas e problemas do país, dos estados, dos municípios. Esse comportamento está entranhado em nossa sociedade e a maioria de nós acredita piamente ser do político a culpa de tudo de ruim que acontece.

Por coincidência, também na última semana, aqui em Rio Bonito, algumas pessoas começaram a repercutir o nome do empresário, Dalmo Henrique; para o cargo de prefeito da nossa cidade. Dalmo é um dos empresários mais bem sucedidos da nossa Região, é um sujeito de extremo bom trato, tem excelente tino comercial, perfil arrojado para investir e consegue ser enxergado com bons olhos por todas as classes sociais. Olhando por um único lado do balcão, Dalmo é sim excelente nome para administrar o município e comandar a Prefeitura Municipal.

Todavia, existe o outro lado do balcão. Caso concorra a eleição e seja eleito, Dalmo não estará administrando um depósito de bebidas e cuidando da logística de distribuição desses produtos. É nítido que as pessoas perderam a noção (ou não querem enxergar) de que a “Prefeitura” não é um depósito de bebidas. A “Prefeitura” não é uma autoescola. A “Prefeitura” não é uma fazenda. A “Prefeitura” não é uma clínica veterinária.

Penso que a “Prefeitura” em si não é grande problema, mas são complexas as responsabilidades do gestor dessa empresa, a saber, a gestão dos funcionários e o mais complexo: a clientela dessa empresa, ou seja, o cidadão riobonitense. Durante muitos anos nós choramingamos e reclamos da dupla, Mandiocão/Solange. Até que eles saíram. Entrou o prefeito Peixe e efetivamente mudou o que? Será mesmo que os entusiastas da suposta campanha “Dalmo Prefeito” acreditam que só a reconhecida competência administrativa do nosso amigo Dalmo, fará as mudanças que Rio Bonito precisa? Sabe de nada inocente!

Erra quem acredita, como um dia eu acreditei, que o nascedouro das nossas muitas deformidades têm origem na Prefeitura Municipal, seja ela gerenciada por Dalmo, Peixe, Solange, Mandiocão, Abrahão ou qualquer outro. A complexidade das coisas está em nós, mas a sociedade não está preparada para essa conversa. Em 2024 teremos eleições municipais. Candidatos a prefeito e vereador, como dito por Bolsonaro, seguirão sendo abordados com a pergunta “você vai fazer o que?”, quando todos nós deveríamos primeiro olhar para o próprio umbigo perguntando “o que estou fazendo pela minha cidade?”.

Vamos em frente! #flavioazevedo

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