Esse registro também é endereçado a Águas do Rio, empresa que trata e comercializa água na Região. Se o desmatamento prosseguir nesses cumes, a Águas do Rio não terá o que vender para os moradores de Tanguá, uma vez que o Salto D’Água de Braçanã vai secar. Quem conhece os mananciais de Rio Bonito e Região sabe que ao longo dos anos as águas das cachoeiras de Braçanã perderam considerável volume. Curiosamente a diminuição do volume de água coincide com o aumento do desmatamento no sertão de Braçanã.
Vale destacar que o local é de difícil acesso somente para aqueles que querem chegar a esses pontos de carro. Quem entende as pernas como principal instrumento de deslocamento e não é “bicho preguiça” não tem dificuldade para chegar.
Acrescento que ações coercitivas contra os proprietários e poucos moradores, o que acontece de tempos em tempos, não são produtivas. Helicópteros voando, homens camuflados pelo perímetro, isso é tudo pirotecnia. É preciso deflagrar ações que conscientizem e ofereçam compensações pela manutenção da mata e reflorestamento dos trechos degradados.
Esperar ações somente das prefeituras é exigir muito. Os municípios não têm preparo orçamentário e humano para isso. A ação precisa ser conjunta com o governo do estado e instituições como Ministério Público, que por vezes quer ser poder Executivo por osmose (está aí uma excelente oportunidade para atuar).
O principal elemento nessa luta, porém, é a sociedade, que se indigna com o corte de uma árvore na área urbana (geralmente necessário por estar levando risco a moradias) e ignora a importante e necessária preservação das árvores nos cumes onde a água é fabricada pela natureza. Vamos em frente! #flavioazevedo
Nenhum comentário:
Postar um comentário