Flávio Azevedo
O empresário Marcelo Plastino foi preso pela PF quando voltava ao Brasil (Foto: Reprodução/EPTV) |
Chega de São Paulo a notícia de que o empresário Marcelo Plastino, investigado pela Operação Sevandija e acusado de pagar propina a vereadores e a funcionários do alto escalão da Prefeitura de Ribeirão Preto (SP), cometeu suicídio na noite desta sexta-feira (25/11). Segundo a polícia, ele morreu no apartamento onde morava. O empresário estava em liberdade desde o início de outubro, quando conseguiu um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (onde atua o Napoleão).
Plastino foi preso no último mês de setembro, durante a primeira fase da Operação Sevandija, que apura fraudes em contratos de licitações da ordem de R$ 203 milhões na Prefeitura de Ribeirão Preto. Segundo o Ministério Público e a Polícia Federal, a empresa dele, a Atmosphera, foi usada como cabide de empregos de vereadores da base aliada do prefeito (Dárcy Vera-PSD). A contrapartida dos empregos oferecidos aos integrantes do poder Legislativo era o apoio a projetos de interesse do Executivo que tramitassem na Casa. Segundo as investigações, ele marcava cafés com vereadores para articular os esquemas.
A notícia da morte de uma pessoa é sempre muito triste, por mais picareta que ela seja. Todavia, o crime de Marcelo Platino é mais velho do que andar para frente. Aliás, uma história que se repete em Prefeituras de todo Brasil. Por vezes eu acho que o Ministério Público, a Polícia Federal e a própria mídia; são inocentes ou se fazem de bestas. É um estardalhaço danado por fatos que ocorrem em todo lugar e há muitos anos. Em nosso país, histórias envolvendo o tripé, corrupção, escândalos e picaretagem; devem ser noticiados como o último episódio, porque amanhã já teremos uma história nova.
A corrupção é uma corrupção
Gente assim tem um perfil mental desafiador até para Eduard Wirths e Josef Mengele, médicos que estudavam e faziam experiências em pessoas vivas nos campos de concentração de Auschwitz. O que se pode dizer sobre isso é que a corrupção no Brasil é patológica e o mais grave: não existe nenhum medicamento capaz de curar essa desgraça. Até a Educação, até aqui apontada como o único medicamento capaz de oferecer alguma cura, não é eficaz em vários indivíduos.
Basta analisar o Congresso Nacional, ambiente formado por muita gente que tem nível superior, gente que passou por conceituadas universidades, inclusive, fora do país, mas 90% dos congressistas estão se borrando diante da delação da Odebrecht. Isso acontece porque a Educação que tiveram não funcionou como remédio contra a corrupção. Pelo contrário, eles aproveitaram o conhecimento adquiro por conta da posição privilegiada dos seus cargos, para engendrar técnicas sofisticadas às práticas condenáveis e corruptas.
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