Flávio Azevedo
Miseráveis... |
Tenho visto muita gente falando que
Rio Bonito precisa de “novidade” nas próximas eleições. Amigo leitor, o “novo”
só irá se concretizar quando os eleitores adotarem “novos” propósitos, “novas”
perspectivas e abandonarem o “velho” hábito de olhar o próprio umbigo. O
coletivo deve sempre ser mais importante que o individual, mas enquanto as
urnas forem visitadas gente egoísta e morta de fome, não haverá mudança, muito
menos “novidade”. Quem já amadureceu para essa realidade, que multiplique esse
pensamento para que as “novas” gerações apostem no “novo” e não insistam no “velho”,
no “ultrapassado”, nesse paradigma “anacrônico” que aí está!
Os atuais líderes não reconhecem a
necessidade e sofrimento de um povo que ignora os seus direitos e desconhece a
sua força. Estamos falando de governantes que dizem estar preocupados com a
desigualdade, mas só investem em iniciativas compensatórias, programas
assistenciais, praticam sem constrangimento o assistencialismo; e desavergonhadamente
exploram a miséria. Desses, nunca existirá uma ação que extermine a miséria,
porque eles dependem dela para continuar no poder.
Quando falamos de miséria, não estamos
destacando exatamente o aspecto financeiro. Apontamos a miséria intelectual (falta
Educação); a miséria de autoestima (desigualdade); a miséria de crença em dias
melhores (falta de perspectivas econômicas); a miséria de esperança (quem pode
mudar não muda); a miséria de vontade dos políticos e, sobretudo da sociedade,
que conhece os seus erros, mas por comodidade, medo do “novo” e/ou por não querer
abrir mão da “velha” zona de conforto persiste errando.
Multiplicar essas ideias é urgente. Se
você acha que ocupando cargos eletivos é possível transformar essa realidade, não
se acanhe de buscar o seu sonho. Eu prefiro a Comunicação Social e o jornalismo
para buscar essa mudança. Por isso, por favor, esqueça a ideia de me convidar e
tentar me convencer – pelos menos nesse momento – a ser candidato nas próximas
eleições. Eu contribuo mais onde estou.
Eu tenho consciência que os miseráveis
irão sempre me atacar, tentar desqualificar o meu pensamento, criticar o meu
discurso, ridicularizar essas propostas, mas tudo isso é natural, porque eles
estão se defendendo. Afinal, quanto menos miséria intelectual na sociedade,
menos espaço haverá para políticos miseráveis e inescrupulosos. Como os urubus
se alimentam da carniça, esse tipo de político se alimenta da miséria e somente
criam ações produzam “novos” miseráveis.
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