Flávio Azevedo
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Os pais do garoto Luis Felipe, com a camisa do Corinthians, posam com o filho e agente Douglas Muros (à direita). |
Com o objetivo de descobrir,
acompanhar e encaminhar, meninos que queiram jogar futebol e, logicamente,
tenham talento para o ofício, o riobonitense, Douglas Muros, que é ex-jogador
de futebol, há cerca de dois anos está atuando como “caça talentos” e encaminhando
futuros craques para grandes clubes do Brasil. Titular do time de “captação de
atletas” da Infiniti Sports, empresa do Rio de Janeiro que tem representação em
Londres, o ex-jogador tem penetração em grandes clubes do futebol brasileiro.
Entre os meninos que já garimpou nesse
fértil solo de craques que é o Brasil, Douglas destaca o zagueiro Luis Felipe
Rocha, morador do Parque das Acácias, no 3º Distrito de Rio Bonito. A jovem
promessa tem 17 anos, joga no Corinthians e foi campeão paulista de 2013 da sua
categoria. No início de janeiro, ele defendeu o clube paulista na Copa Santiago
de Futebol Juvenil, no Rio Grande do Sul. Nessa competição o Corinthians ficou
com o vice-campeonato ao ser derrotado nos pênaltis pelo Internacional/RS.
A experiência de ter atuado
profissionalmente em equipes como Palmeiras, Atlético/PR, Figueirense/SC, entre
outras do futebol brasileiro, levou Douglas a jogar no futebol italiano, onde
defendeu o Levante por uma temporada. Conhecedor das dificuldades e desafios
existentes no meio futebolístico, Douglas afirma que decidiu encerrar a
carreira dentro das quatro linhas e atuar fora de campo, onde as disputas são
mais duras que uma partida onde se luta por três pontos.
– Ao longo da minha carreira eu
enfrentei muita deslealdade; o volume de gente sem preocupação com a vida do
atleta profissional é grande; ética e profissionalismo acabam sendo elementos
pouco encontrados em nossas histórias. E foi exatamente pensando nisso que eu
decidi seguir um caminho onde eu possa preparar os meninos para que eles não
enfrentem as dificuldades que eu conheci – disse Douglas, acrescentando que
problemas podem até acontecer, “mas o meu jogador estará preparado para
absolver os impactos da vida”.
Sonho
de infância
Aos 17 anos, Luis Felipe Rocha tem
1,90 m de estatura, 76 kg e atua como zagueiro. Filho de Lourival Cunha e Maria
Cristina Rocha, tradicionais moradores do Parque das Acácias, o atleta do
Corinthians, jogando em Rio Bonito, já defendeu as cores do Cruzeiro. De acordo
com ele, Thiago Silva, Rever e Dedé, são os melhores zagueiros em atividade do
futebol brasileiro. Ainda segundo o zagueiro riobonitense, Piquete, do
Barcelona; e Sérgio Ramos, do Real Madrid, são os melhores da função entre os
defensores estrangeiros.
Já entre os atacantes, no Brasil, Luis
Felipe aponta Neymar como o melhor em atividade. Entre os estrangeiros, ele diz
que Cristiano Ronaldo é o melhor. “Sempre sonhei jogar futebol e estar, hoje,
no Corinthians é ver um pouco esse sonho ser realizado”, conta o jogador, que é
comedido nas palavras, mas é um sujeito grande em estatura e em futebol.
Ex-aluno dos colégios Raubino Pereira de Mesquita, Dr. Astério Alves de
Mendonça e Barão do Rio Branco, o zagueiro diz que é bom de matemática e está
no 2º Ano do Ensino Médio, do Colégio João XXIII.
– Para eu me manter no Corinthians,
uma das exigências do clube é ter bom desempenho dentro de campo e ir bem nos
estudos. É importante para mim, porque se eu não seguir a carreira de jogador
de futebol eu tenho o estudo para seguir a minha vida – conta o zagueiro que já
passou pelas peneiras do Botafogo, mas acabou não ficando no clube carioca por
conta de questões contratuais.
Filhos de pais que gostam de futebol,
a mãe, Maria Cristina Rocha, diz que já jogou futebol (foi zagueira do Esperança)
e atua como treinadora, geralmente mais severa que a comissão técnica do
Corinthians. “A família sempre esteve muito presente na vida do Felipe, nós
sempre acompanhamos a carreira dele, nós investimos e apostamos nesse menino e
acreditamos que se ele for sempre uma pessoa humilde, ele será um grande
jogador do futebol brasileiro”, disse a mãe de Felipe, que se declara a fã
número 1 do zagueiro do clube paulista.
Apesar de serem
otimistas, os pais também são realistas e afirmam preparar o filho para os
desafios e obstáculos da vida. “A carreira que ele escolheu não e fácil, mas é
preciso trabalhar, ter dedicação e se empenhar para colher os frutos”, comentou
o pai Lourival, que revelou também ter jogado futebol na juventude e também ter
atuado na defesa.
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