Flávio Azevedo
O vice-governador, Luiz Fernando Pezão |
Agora é oficial. O PMDB anunciou o nome do vice-governador Luiz Fernando Pezão à sucessão de Sérgio Cabral, em 2014. O evento aconteceu na última semana e contou com a presença de vários prefeitos do interior e parlamentares. Além do governador, também prestigiaram o evento, o presidente estadual do partido, Jorge Picciani, o prefeito do Rio, Eduardo Paes e o presidente nacional do partido, senador Valdir Raupp (RO).
Pezão agradeceu o apoio recebido, afirmando ter muito orgulho de ser membro do partido e do governo. “Se eu for mesmo confirmado candidato em 2014, vou andar de cabeça erguida nos 92 municípios, porque sei da importância do trabalho que desenvolvemos”, afirmou o vice-governador, destacando que o cronograma do governo planejado para os oito anos de mandato de Sérgio Cabral precisa de mais tempo para dar os frutos almejados. “Sofremos com 40 anos de abandono, de brigas com Brasília, e hoje somos referência para todo o País”, disparou.
O governador Sérgio Cabral afirmou que o saneamento das contas do estado ampliou a capacidade de investimento fluminense e isso não teria sido possível sem o trabalho de Pezão. “Devemos dar continuidade ao renascimento do Rio olhando para frente e desenvolvendo o estado com este grande quadro que é o Luiz Fernando Pezão”.
Pouca coisa aconteceu
Topiqueiros de toda região vieram precionar o governador que estava em litígio com a classe. |
Quando a alta cúpula do estado esteve em Rio Bonito em 2009, o governador anunciou a liberação de uma verba de R$ 4 milhões para o município e assinou o convênio para a liberação do recurso. Durante a solenidade prevaleceram as vaias, os apupos, as zombarias e as palavras ordem. “Queremos trabalhar, o Cabral não quer deixar”, “Cabral governa para os empresários de ônibus”; “fora Cabral”; “obrigado pelo meu desemprego”; “vaza, não queremos você aqui”. Apesar de tentar fingir que os manifestantes não estavam ali, eles roubaram a cena e conseguiram irritar o governador que encerrou o seu discurso aos gritos.
Na oportunidade, o deputado Marcos Abrahão agradeceu a criação da Coordenadoria de Educação Serrana V, a Ciretran e as obras de recuperação de três encostas (Bosque Clube, Cidade Nova e Rua Lauro Araújo Jr, no Centro). Ele também destacou a doação de R$ 1 milhão, que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) enviou para o município atender os desabrigados atingidos pelas chuvas do último verão. Os manifestantes permitiram que Abrahão falasse, mas quando ele citava os nomes do deputado Paulo Melo (PMDB) e do presidente da Alerj, Jorge Piccini (PMDB), os protestos recomeçavam.
Tentando demonstrar tranquilidade, mas visivelmente constrangido com a manifestação, o governador Sérgio Cabral disse em rápidas palavras que o Rio de Janeiro estava abandonado há 30 anos e as vaias que tem recebido são orquestradas sempre pelas mesmas pessoas. De acordo com ele, “houve um tempo que as brigas, as desavenças prevaleciam e o povo era prejudicado. O Rio nunca recebeu tanto recurso do governo federal”. Demonstrando não estar por dentro da política local, o governador elogiou o fato de ver no mesmo palanque o prefeito, o vice-prefeito e o presidente da Câmara.
À época, foi anunciado que os municípios de Rio Bonito, Silva Jardim e Tanguá receberão cerca de R$ 14 milhões do governo do Estado. Em Rio Bonito foi construída uma Praça de Convivência, com uma academia de ginástica, área de lazer infantil, teatro de arena e biblioteca popular (ainda não concluída). Além disso, o segundo galpão da antiga Nadisa, anexo ao Centro Administrativo será recuperado (ainda não concluído). O convênio também prevê obras de urbanização, pavimentação e drenagem em diversos bairros, perfazendo uma extensão total de 19,7 Km (não veio metade disso). Também será a concluída, a estrada que liga o Green Valley ao Basílio (continua no barro).
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