Flávio Azevedo
Já há algum tempo nós estamos defendendo a ideia de que o problema enfrentado pelo trem de manutenção da ferrovia que corta Rio Bonito é uma questão de falta de bom senso dos motoristas. Aos distraídos vale lembrar que diariamente a passagem do vagão é obstruída pelos carros que estacionam sobre os trilhos. A realidade é que boa parte dos motoristas são egoístas, apressados, espaçosos e imaginam que o mundo gira ao entorno dos seus umbigos.
Na manhã de hoje (15/03), porém, nos surpreendeu essa cena. Dois carros estacionados próximos a estrada de ferro, mas a uma distância que não atrapalhava a passagem dos carros que circulavam no estacionamento e ainda deixava espaço para o trânsito do veículo de manutenção da ferrovia.
Enquanto estávamos fotografando, um funcionário da Ferrovia Centro Atlântica (FCA), concessionária que administra a ferrovia, se aproximou da nossa reportagem e comentou que a empresa destacou um funcionário para tomar conta dos trilhos e não permitir o estacionamento sobre a ferrovia.
Isso sugere duas reflexões:
1º) Por que a FCA já não fez isso antes?
2º) Os motoristas brasileiros, com destaque para os riobonitenses, são extremamente infantis. Como as crianças, eles precisam sempre de alguém que esteja tomando conta das suas ações e os ensine o que se pode ou não fazer.
Novas informações
Segundo o funcionário da FCA, o magnata do petróleo, Eike Batista, teria comprado a concessionária. O objetivo é o escoamento das cargas e descargas que chegarão ao porto que o empresário está construindo em Quissamã, no Norte Fluminense. O funcionário da FCA disse ainda, que já existe um projeto pronto de tirar a ferrovia do Centro da cidade.
– A ferrovia só passa pelo meio da cidade, porque no passado ela era usada para o transporte de passageiros. Atualmente, porém, o objetivo é o transporte de cargas. Sendo assim, não é mais necessário que ela atravesse as áreas urbanas, o que melhora o trajeto do trem e não obstrui os centros urbanos – analisou.
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