Flávio Azevedo
Segundo fontes, o clima esteve quente durante a reunião do diretório local (Rio Bonito) do Partido dos Trabalhadores (PT), no último sábado (24/03). O encontro aconteceu na Sociedade Musical e Dramática Riobonitense. Um dos presentes comentou a questão. “Quando o partido chegou à presidência da República, nós percebemos que o radicalismo não leva a lugar algum! Entretanto, alguns companheiros insistem nessa postura. Estamos em tempos de diálogo! Não é mais possível ganhar as coisas no grito”.
Analisando os comentários que seguiram depois da divulgação dessa notícia, me vejo impelido a escrever sobre o assunto com mais profundidade. Devo começar ressaltando que o problema das discussões políticas é que nós não abrimos mão da utopia de “passargada”. De modo prático, nós precisamos saber que na política, as negociações acontecem, elas são normais e estão dentro do contexto. O que deve ser alvo de nossas críticas são os termos em que essas negociações são celebradas.
Ainda sobre os embates dentro do partido, eu ressalto que em Rio Bonito, uma cidade onde os partidos são personificados, o PT sempre foi inexpressivo. Contribuiu sempre para isso, a falta de habilidade política de boa parte dos seus integrantes e o radicalismo de outros, o que realmente “não vai levar a lugar nenhum”, conforme disse a companheira mencionada na entrevista.
A verdade é que eu não vejo problema algum nessa suposta aliança do PT com o PSB. Aliás, muitos não querem por defender que a coligação seja feita com o PMDB (o que não seria nada de mais). Em 2008, o partido esteve com o PT do B. E aí, qual é o problema?
Política é a arte do dialogo, das acomodações ideológicas etc. O que não pode é em nome desse suposto "companheirismo", os caras negociarem esquemas, sacanagens, falcatruas, entre outras coisas dessa natureza. Aliás, isso ocorre em todos os partidos (seja de direita, centro, esquerda, em baixo, em cima etc.). Portanto, sejamos realistas e esqueçamos a “passargada”!
terça-feira, 27 de março de 2012
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